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Sacramento do Batismo

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Mateus 3, 13 Jesus foi da Galiléia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João, e ser batizado por ele. 14 Mas João procurava impedi-lo, dizendo: «Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?» 15 Jesus, porém, lhe respondeu: «Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir toda a justiça.» E João concordou.16 Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. 17 E do céu veio uma voz, dizendo: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada

 

Mateus 28, 18 Então Jesus se aproximou, e falou: «Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. 19 Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, 20 e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo

 

Nossos pais nos deram a vida natural do corpo, mas Deus nos dá a alma e nos destina, além disso, a uma vida sobrenatural; nascemos privados dela pelo pecado original, herdado de Adão. O batismo apaga o pecado original, nos dá a fé e a vida divina, e nos torna filhos de Deus. A Santíssima Trindade toma posse da alma e começa a nos santificar. Segundo o plano de amor do Senhor, o batismo é necessário para a salvação.

O que é o batismo? 

É o sacramento pelo qual nascemos para a vida e nos tornamos filhos de Deus.

Por que o batismo é o primeiro dos sacramentos? 

É o primeiro dos sacramentos porque é a porta que dá acesso aos demais sacramentos, e sem ele não se pode receber nenhum outro.

Que efeitos produz o batismo? Os efeitos que o batismo produz são: 

1 – perdoa o pecado original, e qualquer outro pecado, com as penas devidas por eles

2 – nos dá as três divinas pessoas junto com a graça santificante

A graça santificante é um dom criado que Deus se digna conceder à alma do justo, a fim de o tornar  filho adotivo de Deus (cf. 1 Jo 3, 1-3). Habilita-o assim a produzir, dentro da sua capacidade de criatura, os atos de conhecimento e amor do próprio Deus. Por esse dom o homem vem a ser realmente consorte da natureza divina (cf. 2 Pdr 1,4), templo do Espírito Santo (cf. 1 Cor 3, 16) ou da SSma. Trindade (cf. Jo 14, 23). 

Em linguagem metafórica, pode-se dizer que a graça santificante é um hábito ou uma veste que recobre a substância da alma, dando-lhe uma entidade nova, um ser sobrenatural. Esse ser novo há de ter suas faculdades de agir, paralelas às faculdades de agir da alma na ordem natural. Por isto a graça santificante é sempre comunicada ao homem juntamente com as virtudes infusas, dentre as quais se destacam a fé e a caridade. A fé é um dom outorgado à inteligência para que esta possa conhecer a Deus como Deus conhece a Si; a caridade é o dom que se localiza na vontade, fazendo que o homem possa amar a Deus e às criaturas como Deus ama. Conseqüentemente, diz se que, pela graça santificante e as virtudes da fé e da caridade, Deus prolonga sua vida no justo; as processões intratrinitárias se estendem ao cristão: Deus Pai gera nele o seu Verbo ou Filho, servindo-se dos atos de fé sobrenatural desse justo; Deus Pai e Deus Filho fazem proceder nele o Amor, servindo-se para isto dos atos de amor sobrenatural dessa criatura.

 

3 – infunde a graça santificante

4 – as virtudes sobrenaturais e 

5 – os dons do Espírito. 

6 – imprime na alma o caráter sacramental que nos faz cristãos para sempre e somos incorporados à Igreja.

 

Define-se a virtude como “o hábito ou qualidade permanente da alma que lhe dá inclinação, felicidade e prontidão para conhecer e praticar o bem e evitar o mal”. Por exemplo, se você tem o hábito de dizer sempre a verdade, possui a virtude da veracidade ou sinceridade. Se tem o hábito de ser rigorosamente honesto com os direitos dos outros, possui a virtude da justiça. O Catecismo apresenta uma definição equivalente: “A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, persegue-o e escolhe-o na prática” (n. 1803). Se adquirirmos uma virtude por esforço próprio, desenvolvendo conscientemente um hábito bom, chamamos a essa virtude uma virtude natural.

 

Suponha que decidimos desenvolver a virtude da veracidade. Vigiaremos as nossas palavras, cuidado de nada dizer que altere a verdade. Pouco a pouco se nos torna mais fácil dizer a verdade, mesmo que as suas consequências nos contrariem. Chega um momento em que dizer a verdade é para nós como que uma segunda natureza, e, para mentir, temos que fazer força. Quando for assim, poderemos dizer sinceramente que adquirimos a virtude da veracidade.

 

E porque a conseguimos com o nosso próprio esforço, essa virtude chama-se natural. Mas Deus pode infundir diretamente uma virtude na alma, sem esforço da nossa parte. Pelo seu poder infinito, pode conferir a uma alma o poder e a inclinação para realizar certas ações sobrenaturalmente boas. Uma virtude deste tipo – o hábito infundido na alma diretamente por Deus – chama-se sobrenatural. Entre estas virtudes, as mais importantes são as três a que chamamos teologais: fé, esperança e caridade. E chamam-se teologais (ou divinas) porque dizem respeito diretamente a Deus: cremos em Deus, em Deus esperamos e a Ele amamos.

 

Estas três virtudes, junto com a graça santificante, são infundidas na nossa alma pelo sacramento do Batismo. Mesmo uma criança, se estiver batizada, possui as três virtudes, ainda que não seja capaz de praticá-las enquanto não chegar ao uso da razão. E, uma vez recebidas, não se perdem facilmente. A virtude da caridade, a capacidade de amar a Deus com amor sobrenatural, só se perde por um pecado direto contra ela, pelo desespero de não confiar mais na bondade e na misericórdia divina. E, é claro, se perdemos a fé, perdemos também a esperança, pois é evidente que não se pode confiar em Deus se não se crê nEle. E a fé, por sua vez, perde-se por um pecado grave contra ela, quando nos recusamos a crer no que Deus revelou. Além das grandes virtudes a que chamamos teologais ou divinas, existem outras quatro virtudes sobrenaturais que, juntamente com a graça santificante, são infundidas na alma pelo batismo. Como estas virtudes não dizem respeito diretamente a Deus, mas sim às pessoas e coisas em relação a Deus, chamam-se virtudes morais. As quatro virtudes morais sobrenaturais são: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Uma virtude sobrenatural, porém, só aumenta pela ação de Deus, e esse aumento é concedido por Deus em proporção com a bondade moral das nossas ações. Por outras palavras, tudo o que aumenta a graça santificante aumenta também as virtudes infusas. Crescemos em virtudes tanto quanto crescemos em graça. 

 

O Batismo é necessário para a salvação?

Segundo o plano do Senhor o batismo é necessário para a salvação, assim como a própria Igreja, à qual o batismo introduz.

Quem pode batizar?

Ordinariamente podem batizar o bispo, o sacerdote e o Diácono, mas em caso de necessidade qualquer pessoa que tenha intenção de fazer o que a Igreja faz.

Como se batiza?

O batizado se realiza derramando água sobre a cabeça e dizendo: “Eu te Batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

O que é o Catecumenato?

É a preparação que devem receber aqueles que serão batizados tendo alcanço o uso da razão.

 

Assim explica o Catecismo da Igreja Católica (§1257 a §1261):

  • 1257 – O Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação. Também ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas as nações. O Batismo é necessário, para a salvação, para aqueles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento. A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna; é por isso que cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor, de fazer “renascer da água e do Espírito” todos aqueles que podem ser batizados. Deus ligou a salvação ao sacramento do Batismo, mas ele mesmo não está ligado aos seus sacramentos.
  • 1258 – Desde sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas pela sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.
  • 1259 – Para os catecúmenos que  morrem antes de seu Batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento dos seus pecados e com a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento.
  • 1260 – ” Sendo que Cristo morreu por todos, e que a vocação última do homem é realmente uma só, a saber, divina, devemos sustentar que o Espírito Santo oferece a todos, sob forma que só Deus conhece, a possibilidade de se associarem ao Mistério Pascal.” Todo homem que, desconhecendo o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, procura a verdade e pratica a vontade de Deus segundo o seu conhecimento dela, procura a verdade e procura a vontade de Deus segundo o seu conhecimento dela, pode ser salvo. Pode-se supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o batismo se tivessem tido conhecimento da necessidade dele.
  • 1261 – Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, que quer a salvação de todos  os homens, e a ternura de Jesus para com as crianças, o levaram a dizer: “Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais” (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir às crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo.

 

Batismo de crianças – Muitos desejariam adiar o Batismo para a idade madura dos candidatos, pois dos que são batizados na infância, muitos não assumem as obrigações decorrentes do sacramento. Em 1980, então, a Igreja publicou uma Instrução sobre o Batismo das Crianças. A Bíblia não se refere explicitamente ao Batismo de crianças, mas narra que vários personagens se fizeram batizar “com toda sua casa”. A expressão “casa” designava o pai de família com todos os seus, inclusive as crianças. No século II, aparecem os primeiros testemunhos diretos do Batismo de crianças, nenhum deles o apresenta como inovação.

 

Santo Ireneu de Lião (+ 202) considera óbvia, entre os batizados, a presença de “crianças e pequeninos” ao lado dos jovens e adultos (Contra as Heresias II-24,4). São Cipriano de Cartago (+ 258) dispôs que se podiam batizar as crianças “já a partir do segundo ou terceiro dia após o nascimento” (Epístola 64). Esta prática foi reafirmada nos concílios de Cartago (418) e de Trento (1547). O Catecismo da Igreja, parágrafo 1250, afirma que “a gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças.” A razão teológica da prática do Batismo de crianças é a seguinte: o sacramento não é mera matrícula numa associação, mas é um renascer, um receber a vida nova dos filhos de Deus, que tem pleno sentido mesmo que a criança ignore o que lhe acontece; esse renascer para a vida eterna é que dá pleno sentido ao primeiro nascimento (a partir dos pais), pois torna a criança herdeira do Sumo Bem.

 

O fato de que as crianças ainda não podem professar a fé pessoalmente não é obstáculo, pois a Igreja batiza os pequeninos na fé da própria Igreja, isto é, professando a fé em nome dos pequeninos. Esta doutrina se acha expressa no Ritual do Batismo, quando o celebrante pede aos pais e padrinhos que professem “a fé da Igreja, na qual as crianças são batizadas”. A Igreja só não batiza as crianças, quando os pais não o querem ou quando não há garantia alguma de que o batizado será educado na fé católica.

 

Mesmo quando os pais não vivem como bons católicos, a Igreja julga que a criança tem o direito de ser batizada, desde que os próprios pais ou padrinhos ou a comunidade paroquial lhe ministrem a instrução religiosa. Assim, os pais católicos que não vivem o matrimônio sacramental tem o dever de mandar batizar os filhos e providenciar a sua educação religiosa. É comum levantar-se a seguinte questão: o Batismo das crianças constitui um atentado à liberdade das mesmas; impõe-lhes obrigações religiosas que talvez não queiram aceitar em idade juvenil.

 

Respondemos: No plano natural, os pais fazem, em lugar de seus filhos, opções indispensáveis ao futuro destes: o regime de alimentação, a higiene, a educação, a escola… Os pais que se omitissem a tal propósito sob o pretexto de salvaguardar a liberdade da criança, prejudicariam seriamente a prole. Ora, a regeneração batismal vem a ser o bem por excelência que os pais católicos devem proporcionar aos filhos. Mesmo que a criança, chegando a adolescência, rejeite os deveres do Batismo, o mal é então menor do que a omissão do sacramento. Com efeito, o fato de alguém rejeitar a boa educação que recebeu, é dano menos grave do que a omissão de educação por parte dos pais. Além do mais, os gérmens da fé depositados na alma da criança poderão um dia reviver.

RESPONDA:

  • Qual a importância do Batismo?
  • Quais efeitos produz o Batismo?
  • Qual é o compromisso do CRISTÃO BATIZADO?

MARIA, Mãe de Deus e Nossa Mãe

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