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Meditações Para o Domingo da Palavra de Deus: Lectio Divina, Testemunho do Cardeal Van Thuân e Mais… Confira!

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Neste ano de 2024, o Dicastério para Evangelização (da Cúria Romana) escolheu o lema “Permanecei na minha palavra” (cf. Jo 8,31).

O Dicastério para a Evangelização prepara, anualmente, um subsídio que orienta a celebração do Domingo da Palavra de Deus e propõe um direcionamento para as reflexões.

São propostas pastorais para acolher a celebração da Palavra de Deus em comunidade e na família, traz opções para:

  • Lectio divina de Jo 8,28-42 (o texto escolhido como lema) e para Mc 1,14-20 (o evangelho do domingo),
  • Catequeses do Papa Francisco,
  • Testemunho do Cardeal Van Thuân
  • Roteiros celebrativos para uma adoração bíblica e
  • Celebração Eucarística.

Clique e acesse aqui o material completo em Língua Portuguesa (em pdf)

Ou acompanhe alguns trechos abaixo:

V DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS
21 janeiro 2024
«Permanecei na minha palavra» (cf. Jo 8, 31)

Subsídio Litúrgico-Pastoral

° O exemplo do Venerável Card. Van Thuân

Blog do Nazareth: Entrevista com o responsável pela beatificação do cardeal vietnamita Van Thuan

«O testemunho dos Beatos e dos Santos ilumina-nos, atrai-nos e também nos interroga porque é “palavra de Deus” encarnada na história e próxima de nós» (Papa Francisco).

Francesco Saverio Nguyên Van Thuân nasceu a 17 de abril de 1928, em Huê (Vietnã), numa família profundamente cristã. Aos 12 anos, entrou no Seminário Menor do Vicariato de Huê e, após os anos de estudo e formação no Seminário Maior, foi ordenado sacerdote a 11 de junho de 1953. Foi consagrado bispo a 24 de junho de 1967.

Após oito anos de governo pastoral, a 15 de agosto de 1975 foi preso por ser considerado politicamente perigoso. Foi acusado de estar a serviço de governos estrangeiros que atentavam contra o êxito da revolução comunista no país. Sob escolta militar, foi imediatamente deportado para a aldeia de Cay Vông, a dez quilômetros da sua diocese.

Durante a sua prisão, conseguiu que os fiéis lhe enviassem vinho numa pequena garrafa na qual estava colada uma etiqueta com a legenda: “Remédio para as dores de estômago” e algumas hóstias escondidas numa lanterna contra a humidade, celebrando a Santa Missa na palma da sua mão, com três gotas de vinho e uma gota de água.

Vivia na presença de Jesus, que guardava no bolso da camisa. É assim que ele descreve esses momentos: «Nunca poderei exprimir a minha grande alegria; celebrava a Missa diariamente, com três gotas de vinho e uma gota de água na palma da mão. Era esse o meu altar e era essa a minha catedral! Em cada dia tinha a oportunidade de estender as mãos e de me pregar na cruz com Jesus, de beber com Ele o cálice mais amargo. Foram as mais belas Missas da minha vida… Assim na prisão sentia bater no meu coração o próprio coração de Cristo. Sentia que a minha vida era a sua vida e a dele era a minha».

Sem ter um único texto da Sagrada Escritura, escrevendo em pequenos pedaços de papel todas as passagens de que se lembrava, conseguiu compor uma pequena Bíblia pessoal: «Na prisão, não pude levar a Bíblia comigo; por isso, juntei todos os pedaços de papel que encontrei e fiz para mim uma minúscula agenda, na qual escrevi mais de 300 frases do Evangelho; este Evangelho reconstruído e redescoberto foi o meu vademecum quotidiano, a minha preciosa arca do tesouro de onde retirei força e alimento através da lectio divina».

A prisão durou treze anos, nove dos quais em isolamento. Finalmente, foi libertado a 21 de novembro de 1988, na memória da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Para o Cardeal Van Thuân, a ligação era tão simples quanto imediata: «Nossa Senhora libertou-me!».

Durante estes anos, Van Thuân agarrou-se à Palavra de Deus e à Eucaristia, tentando memorizar passagens da Bíblia e uniu-se espiritualmente à Virgem Maria: «Quando as misérias físicas e morais, no cárcere, tornam-se muito pesadas e me impedem de rezar, digo então a Ave-Maria, repito centena de vezes a Ave-Maria».

° Lectio Divina Jo 8,28-42

Uma abertura confiante: também eu posso agradar sempre a Deus!

O “toque” do Espírito é imediato no nesse trecho bíblico, desde as primeiras palavras de Jesus. A alma é imediatamente arrebatada para as alturas da intimidade originária, da qual veio o Messias e onde se formaram as suas comunicações, destinadas a ressoar na história da humanidade. Esta lectio divina começa, de fato, com uma misteriosa promessa de compreensão exata da identidade de Cristo, da sua missão e das suas palavras, e do seu eterno posicionamento no “agrado do Pai”: «“Quando tiverdes erguido ao alto o Filho do Homem, então sabereis que Eu sou o que sou e que nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas tal como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou só, porque faço sempre aquilo que lhe agrada”. Quando expunha estas coisas, muitos creram nele» (Jo 8,28-30).

Impressiona a perspetiva de uma misteriosa “elevação” que só mais tarde poderá ser identificada com a crucifixão. Este será o “lugar” espantoso de uma epifania do amor rejeitado, mas sempre fiel, como só pode ser aquele de “Aquele que é”. Já com estas primeiras palavras, o coração é imediatamente colocado no lugar nativo das próprias palavras de Cristo: essas são, sim, humanas, mas a sua origem é divina: «como o Pai me ensinou, assim eu falo».

A partir destas primeiras frases, intui-se a chave da união com Deus na concretude da vida: «fazer sempre aquilo que lhe agrada» (Jo 8,29). O agrado do Pai, o seu sorriso de bênção para com os seus filhos e filhas não é apenas um “OK” fiscal de um acerto de contas, mas é a própria felicidade de Deus que se derrama sobre as suas amadas criaturas, sobre as suas expectativas profundas, sobretudo quando estão expostas às “elevações existenciais”, com as feridas das várias crucifixões quotidianas.

Com a caneta na mão…

É oportuno registar o ambiente da cena, uma vez que a Bíblia se lê não só com os olhos, mas também com a caneta na mão (Carlo M. Martini). O oitavo capítulo do evangelho de João – com os seus 15 versículos (8,28-42) – insere o leitor no contexto de confronto e crescente tensão em que Jesus se encontra, empenhado no templo e arredores a levar a cumprimento a revelação da sua Pessoa diante daqueles que representam a parte melhor do povo eleito: os fariseus, os escribas e os Judeus. Estes últimos, segundo o estilo joanino, são as mais altas autoridades de Israel. E é precisamente com estes Judeus, cada vez mais indispostos, que se intensifica de forma dramática o confronto.

Jesus, que inicialmente se apresenta como “Eu sou”, será obrigado – apesar de uma adesão inicial de fé dos Judeus – a desvendar as intenções homicidas daqueles que se professam filhos de Abraão e filhos de Deus. As palavras de Jesus, interrompidas no versículo 42, seguem de fato com um dramatismo sem precedentes, que soa como um prelúdio da Páscoa, já próxima. Sente-se isto no inesperado “lamento” do Senhor que denuncia: «Porque não entendeis a minha linguagem? Porque não podeis ouvir a minha palavra? Vós tendes por pai o diabo, e quereis realizar os desejos do vosso pai. Ele foi assassino desde o princípio, e não esteve pela verdade, porque nele não há verdade. Quando fala mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira» (Jo 8,43-44).

A Verdade de Deus – única fonte de uma liberdade feliz

“Então, Jesus pôs-se a dizer aos judeus que nele tinham acreditado: «Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres»” (Jo 8,31-32).

Jesus aqui fala àqueles que se tornaram seus discípulos. Propõe-lhes um caminho prolongado no tempo: é preciso permanecer na sua palavra, em sentido continuativo existencial. A palavra de Cristo não é primariamente um objeto de estudo ou um tema de discussão reservado a especialistas (como os fariseus e os escribas). É um “permanecer” comparável ao contínuo “respirar” do oxigênio divino da palavra de Jesus, que coincide com uma intimidade crescente, segundo o modelo da intimidade entre o Pai e o Filho, que é assinalada nas palavras iniciais.

É neste “lugar” que se dá a assimilação existencial da Verdade. É nesta relação que se joga o “discipulado verdadeiro” que Jesus definirá como “amizade”. Só este modo de permanecer na sua palavra pode revelar o seu conteúdo, a sua mensagem e a sua energia vital: «Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai» (Jo 15,15).

Deste modo, segundo João, graças a Jesus, chega-se ao conhecimento da Verdade, ou seja, ao conhecimento definitivo de Deus que manifesta à humanidade a sua origem e o seu destino final (a Trindade).

Jesus – Luz da Verdade que brilha nas trevas

O convite do Messias a permanecer na sua palavra começa a ressoar já no capítulo anterior. Jesus subiu a Jerusalém para a Festa das Tendas e o seu ensinamento (7,1-24) suscita a discussão sobre a origem do Messias (7,25-30).

Ele escolhe este momento para anunciar a sua partida iminente (7,31-36) que – embora dramática – coincidirá com a abertura das fontes eternas da água viva (7,37-39). Contudo, esta promessa não acalma o confronto sobre a origem do Messias (7,40-53), baseado infelizmente num mero critério sócio-geográfico. «Da Galileia não sairá nenhum profeta!», afirmam os opositores (7,50), talvez até maliciosamente na sua sutil alusão à incompreendida concepção
de Jesus antes da formalização do matrimônio: «Nós não nascemos da prostituição. Temos um só Pai, que é Deus!» (8,41). Mas João sabe-o desde o prólogo do seu evangelho: «A luz brilha nas trevas» (Jo 1,5).

A Verdade de Deus brilhará nas trevas desta rejeição chocante, dando lugar a uma inesperada epifania desse Amor que coincide com o próprio Deus. Só Deus, no Messias crucificado, saberá de fato amar, atravessando também os espaços humanos da dor e do sem-sentido, abertos pelo pecado e pela rejeição.

Neste inferno humano, a Verdade brilhará ainda mais com a Sua luz e a Sua energia salvífica. É o esplendor da gratuidade própria do Dom que coincide com o próprio Deus. Como o Espírito Santo, depois da Páscoa de Jesus, este esplendor do dom gratuito será derramado sobre os discípulos durante o Pentecostes, assinalando um novo início da Vida sem ocaso.

Juntos no “hoje” na graça – libertados para nos realizarmos no dom

A lectio de Jo 8,28-42 abre aqui o olhar interior do coração ao mistério da salvação. A filiação original entre o Criador e Adão, na quietude do paraíso, foi obscurecida pela rebelião, causada pela inveja da antiga Serpente (cf. Sb 2, 24).

Também assim foi obscurecida a paternidade de Deus. A visão de Deus, do mundo e do próprio homem revestiu-se de suspeição e traduziu-se numa hostilidade da criação, numa violência crescente na humanidade e num silêncio do Céu…

Só uma nova palavra criadora do Pai poderia devolver a vida a uma realidade marcada pela morte. O Logos divino que não conhece treva alguma, o Filho amado, foi “pronunciado” e enviado na encarnação para refulgir na noite do mundo, manifestando a fidelidade do Criador à sua criatura amada.

Para que o homem pudesse compreender isto e renascer ainda mais belo do que a primeira criação, o Filho do Homem tinha de entrar na morte de todo o sentido e de toda a relação, continuando a amar mesmo descendo aos infernos da existência humana longe do coração do Pai. É aqui que reside a libertação do mal, que Jesus nos ensinou a pedir no final do “Pai Nosso”, mas ainda mais a libertação para “ser dom” e assim encontrarmo-nos num “nós”, reflexo da Trindade.

Permanecer na Palavra – permanecer em Jesus

Jesus revelou-nos hoje esse “Lugar” de onde veio e para onde regressa, com a sua páscoa, juntamente conosco: «Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou só, porque faço sempre aquilo que lhe agrada» (8,29).

“Estar com Ele” para sempre – eis o destino da humanidade, que se torna novamente acessível a todos aqueles que permanecem na sua Palavra. É a síntese de todo o Evangelho: permanecer na Palavra coincide com permanecer em Jesus, como ele permanece no Pai. É um “viver em Cristo”, seguindo-o de perto, em direção à nova criação, originada na cruz, participando na sua epifania do Amor que não tem fim.

No encontro com esta Verdade está a resposta à pergunta que está na base de toda a ação cristã: pode o homem exprimir plenamente a sua liberdade no dom gratuito de si? A resposta encontra-se nas palavras de Jesus na Última Ceia: «Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna» (Jo 12,25).

° Lectio Divina Mc 1, 14-20

Nesta passagem da Escritura, São Marcos narra o chamamento de Simão, André, Tiago e João, quatro pessoas normais que Jesus chama a seguí-lo e a colaborar na sua missão de fazer discípulos de todas as nações, tornando-se pescadores de homens.

No entanto, não devemos ler esta história apenas como um relato de fatos passados. O chamamento à missão de evangelização é para todos os batizados: «Em virtude do Batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário» (Evangelii Gaudium, 120).

Podemos identificar quatro temas–chave nesta passagem da Escritura: Fazer, Urgência, Chamamento e Resposta. Enquanto caminha ao longo da margem do mar da Galileia, Jesus vê Simão e André a pescar. Chama-os: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens» (Mc 1,17). Jesus sabe que não está chamando homens qualificados para o seguirem.

De fato, Marcos faz notar de modo particular que «eram, de fato, pescadores» (Mc 1,16). Os pescadores não eram considerados parte da classe social mais instruída. Não eram doutores da lei nem levitas. Eram simples, como sal da terra. No entanto, Jesus chama Simão e André para lançarem as redes e o seguirem, prometendo fazer deles pescadores de homens.

Há algo de significativo no uso da palavra “fazer” nesta frase. Jesus não se limita a chamá-los para o seguirem. Ele promete-lhe que os transformará nos pescadores de homens que quer que eles sejam. Fazer alguma coisa exige premeditação, planejamento e intenção. Quando se quer construir algo de bom, pensa-se antecipadamente na forma de o fazer. Há um fim em mente, uma planificação e uma previsão que precedem a realização.

Ao utilizar o termo “fazer”, Jesus indica a Simão e André que tem um objetivo em mente para eles: passar de pescadores de mar para tornarem-se pescadores de homens para todo o mundo. Um ditado comum diz que “o Senhor não escolhe os qualificados, mas qualifica os escolhidos”. Aqui vemos Jesus a chamar dois homens aparentemente não qualificados com a promessa de que os plasmará e moldará intencionalmente para se tornarem os pescadores de homens que ele deseja.

Na oração, pergunte ao Senhor como é que ele está te moldando como discípulo missionário. Ambos os grupos de irmãos no relato de Marcos respondem com urgência ao chamamento do Senhor para o seguirem. Marcos descreve ambas as respostas como “imediatas” (cf. Mc 1,18.20). O uso de uma linguagem que evoca um sentido de imediatez é caraterístico do Evangelho de Marcos. Isto, porém, não deve levar-nos a pensar que se trata apenas de uma técnica literária utilizada por Marcos. O fato de ambos os grupos de irmãos estarem dispostos a deixar a sua vida de pescadores para seguirem Jesus imediatamente deve dizer-nos algo sobre a urgência da missão.

Na Redemptoris Missio, S. João Paulo II escreveu sobre a urgência da missão da Igreja: «O número daqueles que ignoram Cristo, e não fazem parte da Igreja está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o Seu Filho, é evidente a urgência da missão» (Redemptoris Missio, 3).

A Redemptoris Missio foi escrita em 1990. Em grande parte do mundo, certamente na América do Norte e na Europa, «o número daqueles que ignoram Cristo e não fazem parte da Igreja» continuou a aumentar nos últimos trinta e três anos.

Há também muitos lugares no mundo onde as pessoas nunca tiveram a oportunidade de ouvir a Boa Nova de Jesus. Isto deveria estimular um renovado sentido de urgência para a missão de evangelização. Quando consideramos o grande número de almas que não abraçaram a relação profunda, pessoal e íntima com as três pessoas da Santíssima Trindade, que é o próprio objetivo das suas vidas, a urgência para cada um de nós de responder ao chamamento à evangelização deveria ser evidente.

Se pensássemos que, talvez, este apelo urgente a participar na missão de fazer discípulos de todas as nações (cf. Mt 28, 19-20) era para os apóstolos e não se dirige a nós, deveríamos recordar as palavras de São Paulo VI: «Finalmente, aquele que foi evangelizado, por sua vez, evangeliza. Está nisso o teste de verdade, a pedra-de-toque da evangelização: não se pode conceber uma pessoa que tenha acolhido a Palavra e se tenha entregado ao reino sem se tornar alguém que testemunha e, por sua vez, anuncia essa Palavra» (Evangelii Nuntiandi, 24).

Quando Jesus chama, é um momento pessoal, único, urgente e intencional. Foi um chamamento pessoal para estes homens, e é um chamamento pessoal para cada um de nós. Tendo em conta a urgência da missão, cada um de nós deveria perguntar-se: como é que Jesus me chama a responder com imediatez para me juntar a ele na missão de fazer discípulos de todos os povos? Poderás ouvir este chamamento pela primeira vez, ou então aperceberes-te que é aquilo que sentes no teu coração há muito tempo e que, por isso, é tempo de responder.

Pára e coloca-te nesta passagem da Escritura, enquanto ouves o chamamento de Jesus para ires: o que ouves? O que é que percebes? Como reage o teu coração, quando estás cansado, sentado num barco depois teres trabalhado por muitos dias? O que é que o Senhor te poderia pedir para deixar, para O seguir com esta imediatez? Pode ser algo importante, como o teu trabalho, o teu emprego ou a tua família, mas também pode ser outra coisa, como um particular pecado na tua vida, ou mesmo algo como apagar um aplicativo com o qual perde muito tempo, para passares mais tempo com o Senhor ou com um grupo de amigos.

Jesus chama-te pessoalmente para o seguires e convida-te a seres o seu discípulo missionário hoje; chama-te onde estás; não precisas de ser perfeito, mas, como os primeiros apóstolos, não pronto, mas disponível. Este chamamento não se baseia nas tuas capacidades ou na tua devoção religiosa, mas na tua vontade de responder.

Na Evangelii Gaudium, o Papa Francisco escreve: «Em virtude do Batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário (cf. Mt 28, 19). Cada um dos batizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização… Esta convicção transforma-se num apelo dirigido a cada cristão para que ninguém renuncie ao seu compromisso de evangelização» (n. 120).

Esta passagem chama-te hoje a ser um “pescador de homens”. Relê a Escritura e põe o teu nome no lugar de Simão, André, Tiago ou João. O que é que te impede de responder imediatamente ao chamamento de Jesus para a missão de evangelização? Imagina-te como um dos apóstolos: quando Jesus te diz: «Vem e segue-me»,  segui-lo-ás imediatamente?

 

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