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Sacramento do Batismo – Tudo o que você precisa saber

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O que é o Sacramento do Batismo?

Nossos pais nos deram a vida natural do corpo, Deus nos dá a alma e nos destina a uma vida sobrenatural. Pelo pecado original, nascemos privados da vida sobrenatural, herdado de Adão.

O batismo apaga o pecado original, nos dá a fé e a vida divina, e nos torna filhos de Deus.

A Santíssima Trindade toma posse da alma e começa a nos santificar. Segundo o plano de amor do Senhor, o Sacramento do Batismo é necessário para a Salvação.

Em suma, é o sacramento pelo qual nascemos para a vida e nos tornamos filhos de Deus.

Sacramento do Batismo na Bíblia

Mateus 3, 1-17

13 Jesus foi da Galiléia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João, e ser batizado por ele. 14 Mas João procurava impedi-lo, dizendo: «Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?» 15 Jesus, porém, lhe respondeu: «Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir toda a justiça.» E João concordou.16 Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. 17 E do céu veio uma voz, dizendo: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada

Mateus 28, 18-20

18 Então Jesus se aproximou, e falou: «Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. 19 Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, 20 e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo

Leia mais:
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Por que o Sacramento do Batismo é o primeiro dos Sacramentos?

É o primeiro dos sacramentos porque é a porta que dá acesso aos demais sacramentos, e sem ele não se pode receber nenhum outro.

Que efeitos produz o Sacramento do Batismo?

1 – Perdoa o pecado original, e qualquer outro pecado, com as penas devidas por eles

2 – Nos dá as três Pessoas Divinas

3 – Infunde a Graça Santificante

4 – Infunde as Virtudes Sobrenaturais

5 – Infunde os dons do Espírito Santo

6 – Imprime na alma o Caráter Sacramental que nos faz cristãos para sempre e somos incorporados à Igreja.

O que é a Graça Santificante?

A graça santificante é um dom criado que Deus se digna conceder à alma do justo, a fim de o tornar  filho adotivo de Deus (cf. 1 Jo 3, 1-3). Habilita-o assim a produzir, dentro da sua capacidade de criatura, os atos de conhecimento e amor do próprio Deus.

Por esse dom o homem recebe a natureza divina (cf. 2 Pdr 1,4), torna-se templo do Espírito Santo (cf. 1 Cor 3, 16) e da SSma. Trindade (cf. Jo 14, 23). 

Em linguagem metafórica, pode-se dizer que a graça santificante é uma veste que recobre a substância da alma, dando-lhe um ser sobrenatural.

Esse ser sobrenatural age conjuntamente com a alma, na ordem natural. Por isto a graça santificante é sempre comunicada ao homem juntamente com as virtudes infusas ou teologais: a fé, a esperança e a caridade.

Quais são as virtudes teologais recebidas no Sacramento do Batismo?

A é um dom outorgado à inteligência para que esta possa conhecer a Deus como Deus conhece a Si.

A caridade é o dom que se localiza na vontade, fazendo que o homem possa amar a Deus e às criaturas como Deus ama.

A virtude teologal da esperança age de forma sobrenatural no coração do cristão, leva a :
  • Confiar em Deus: leva a crer firmemente que Ele cumpre suas promessas e jamais abandona os que n’Ele confiam.

  • Orientar para o futuro: mantém o olhar voltado para a vida eterna, sustentando a caminhada mesmo em meio às dificuldades.

  • Dá força e perseverança: ajuda a enfrentar sofrimentos e provações com paciência, na certeza de que a graça de Deus é maior que qualquer obstáculo.

  • Impulsiona a oração e a confiança filial: ensina a pedir a Deus com confiança de filhos que esperam de um Pai amoroso.

Pelo Sacramento do Batismo, nos tornamos morada da Santíssima Trindade

Pela graça santificante e as virtudes teologais, Deus prolonga sua vida no justo. Deus Pai gera nele o seu Verbo ou Filho, servindo-se dos atos de fé sobrenatural desse justo; Deus Pai e Deus Filho fazem proceder nele o Amor, servindo-se para isto dos atos de amor sobrenatural dessa criatura.

O Batismo é necessário para a salvação?

Segundo o plano do Senhor o batismo é necessário para a salvação, assim como a própria Igreja, à qual o batismo introduz.

Quem pode batizar?

Ordinariamente podem batizar o bispo, o sacerdote e o Diácono, mas em caso de necessidade qualquer pessoa que tenha intenção de fazer o que a Igreja faz.

Como se batiza?

O batizado se realiza derramando água sobre a cabeça e dizendo: “Eu te Batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

O que é o Catecumenato?

É a preparação que devem receber aqueles que serão batizados tendo alcanço o uso da razão.

O Sacramento do Batismo no Catecismo da Igreja Católica (1257 – 1261)

O Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação…

1257 – …Também ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas as nações. O Batismo é necessário, para a salvação, para aqueles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento. A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna; é por isso que cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor, de fazer “renascer da água e do Espírito” todos aqueles que podem ser batizados. Deus ligou a salvação ao sacramento do Batismo, mas ele mesmo não está ligado aos seus sacramentos.

1258 – Desde sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas pela sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.

1259 – Para os catecúmenos que  morrem antes de seu Batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento dos seus pecados e com a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento.

1260 – Sendo que Cristo morreu por todos, e que a vocação última do homem é realmente uma só, a saber, divina, devemos sustentar que o Espírito Santo oferece a todos, sob forma que só Deus conhece, a possibilidade de se associarem ao Mistério Pascal. Todo homem que, desconhecendo o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, procura a verdade e pratica a vontade de Deus segundo o seu conhecimento dela, procura a verdade e procura a vontade de Deus segundo o seu conhecimento dela, pode ser salvo. Pode-se supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o batismo se tivessem tido conhecimento da necessidade dele.

1261 – Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, que quer a salvação de todos  os homens, e a ternura de Jesus para com as crianças, o levaram a dizer: “Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais” (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir às crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo.

É errado batizar bebês?

A Bíblia não se refere explicitamente ao Batismo de crianças, mas narra que vários personagens se fizeram batizar “com toda sua casa”. A expressão “casa” designava o pai de família com todos os seus, inclusive as crianças.

No século II, aparecem os primeiros testemunhos diretos do Batismo de crianças, nenhum deles o apresenta como inovação.

Santo Ireneu de Lião (+ 202) considera óbvia, entre os batizados, a presença de “crianças e pequeninos” ao lado dos jovens e adultos (Contra as Heresias II-24,4).

São Cipriano de Cartago (+ 258) dispôs que se podiam batizar as crianças “já a partir do segundo ou terceiro dia após o nascimento” (Epístola 64). Esta prática foi reafirmada nos concílios de Cartago (418) e de Trento (1547).

O Catecismo da Igreja, parágrafo 1250, afirma:

“Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados.

A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tornar-se Filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento.”

A razão teológica da prática do Batismo de crianças é a seguinte: o sacramento não é mera matrícula numa associação, mas é um renascer, um receber a vida nova dos filhos de Deus, que tem pleno sentido mesmo que a criança ignore o que lhe acontece; esse renascer para a vida eterna é que dá pleno sentido ao primeiro nascimento (a partir dos pais), pois torna a criança herdeira do Sumo Bem.

O fato de que as crianças ainda não podem professar a fé pessoalmente não é obstáculo, pois a Igreja batiza os pequeninos na fé da própria Igreja, isto é, professando a fé em nome dos pequeninos.

Esta doutrina se acha expressa no Ritual do Batismo, quando o celebrante pede aos pais e padrinhos que professem “a fé da Igreja, na qual as crianças são batizadas”.

A Igreja só não batiza as crianças, quando os pais não o querem ou quando não há garantia alguma de que o batizado será educado na fé católica. 

Mesmo quando os pais não vivem como bons católicos, a Igreja julga que a criança tem o direito de ser batizada, desde que os próprios pais ou padrinhos ou a comunidade paroquial lhe ministrem a instrução religiosa.

Assim, os pais católicos que não vivem o matrimônio sacramental tem o dever de mandar batizar os filhos e providenciar a sua educação religiosa. É comum levantar-se a seguinte questão: o Batismo das crianças constitui um atentado à liberdade das mesmas; impõe-lhes obrigações religiosas que talvez não queiram aceitar em idade juvenil.

Respondemos: No plano natural, os pais fazem, em lugar de seus filhos, opções indispensáveis ao futuro destes: o regime de alimentação, a higiene, a educação, a escola…

Os pais que se omitissem a tal propósito sob o pretexto de salvaguardar a liberdade da criança, prejudicariam seriamente a prole. Ora, a regeneração batismal vem a ser o bem por excelência que os pais católicos devem proporcionar aos filhos.

Mesmo que a criança, chegando a adolescência, rejeite os deveres do Batismo, o mal é então menor do que a omissão do sacramento. Com efeito, o fato de alguém rejeitar a boa educação que recebeu, é dano menos grave do que a omissão de educação por parte dos pais. Além do mais, os gérmens da fé depositados na alma da criança poderão um dia reviver.

Reflita

  • Qual a importância do Batismo?
  • Quais efeitos produz o Batismo?
  • Qual é o compromisso do CRISTÃO BATIZADO?

MARIA, Mãe de Deus e Nossa Mãe

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