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Sacramento da Unção dos Enfermos

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SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS – SACRAMENTO DE CURA

Evangelho de S. Marcos 6,12-13 – “Eles partiram e pregaram a penitência. Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.”

Carta de Tiago 5, 14-15 – “Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, lhe serão perdoados.”

O Sacramento da Unção dos Enfermos confere ao cristão uma graça especial para enfrentar as dificuldades próprias de uma doença grave ou velhice. É conhecido também como o “sagra viático”, porque é o recurso, o “alívio” que leva o cristão para poder suportar com fortaleza e em estado de graça um momento de trânsito, especialmente o trânsito à Casa do Pai através da morte. O essencial do sacramento consiste em ungir a fronte e as mãos do enfermo acompanhada de uma oração litúrgica realizada pelo sacerdote ou o bispo, únicos ministros que podem administrar este sacramento. Antes era conhecida como “Extrema Unção”, pois só era administrada “in articulo mortis” (a ponto de morrer). Atualmente o sacramento pode ser administrado mais de uma vez, sempre que for em caso de doença grave.

 O que é a Unção dos Enfermos?

É o sacramento que a Igreja dá ao cristão em estado de enfermidade grave ou velhice para atrair a saúde da alma, espírito e corpo. Quantas vezes um cristão pode receber o sacramento? Quantas forem necessárias, sempre que estiver em estado grave. Pode recebê-lo inclusive quando o estado grave se produz com recaída de um estado anterior pelo qual havia recebido o sacramento.

 Que efeitos tem a Unção dos enfermos?

A unção une o enfermo à Paixão de Cristo para seu bem e o de toda a Igreja; obtém consolo, paz e ânimo; obtém o perdão dos pecados (se o enfermo não pôde obtê-lo pelo sacramento da reconciliação), restabelece a saúde corporal (se convém à saúde espiritual) e prepara para a passagem para a vida eterna.

O Catecismo da Igreja no §1532 explica os efeitos importantes da Unção dos Enfermos para o enfermo que o recebe. Este Sacramento traz uma graça especial.

A união do doente com a paixão de Cristo, para o seu bem e o bem de toda a Igreja. O Sacramento dá ao doente a oportunidade de “sofrer na fé” e com méritos diante de Deus, unindo o seu sofrimento com o de Cristo que padeceu pela humanidade. Pela graça deste Sacramento, o enfermo recebe a força e o dom de unir-se mais intimamente à paixão de Cristo: de certa forma ele é consagrado para produzir fruto pela configuração à paixão redentora do Salvador. O sofrimento, sequela do pecado original, recebe um sentido novo: torna-se participação na obra salvífica de Jesus. É também uma graça para a Igreja, porque os enfermos que recebem este Sacramento, “associando-se livremente à paixão e à morte de Cristo”, “contribuem para o bem do povo de Deus” (LG 11). Ao celebrar este sacramento, a Igreja, na Comunhão dos Santos, intercede pelo bem do enfermo. E o enfermo, por sua vez, pela graça deste sacramento, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos os homens pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai.

O reconforto, a paz e a coragem para suportar cristãmente os sofrimentos da doença ou da velhice; desta forma o doente, pela graça do Sacramento, sofre sem revolta e com esperança e paz. Isto é um dom particular do Espírito Santo ligado ao Sacramento, para ajudar o enfermo a vencer as dificuldades próprias ao estado de enfermidade grave ou à fragilidade da velhice. Esta graça renova a confiança e a fé do enfermo em Deus e o fortalece contra as tentações do maligno, tentação de desânimo e de medo da morte. Esta assistência do Senhor pela força de seu Espírito leva o enfermo à cura da alma, mas também à do corpo, se for esta a vontade de Deus, como ensinou o Concilio de Florença (DS 1325). Além disso, “se ele cometeu pecados, eles lhe serão perdoados” (Tg 5, 15; Conc. Trento, DS 1717).

O perdão dos pecados, se o doente não pode obtê-lo pelo Sacramento da Penitência. Portanto, é preciso que se ofereça ao doente grave, a Confissão, antes da Unção dos Enfermos.

O restabelecimento da saúde se isto convier à salvação espiritual do doente. O Sacramento visa acima de tudo a cura do doente se isto for o melhor para ele.

Preparação para a passagem para a vida eterna. Se for o desígnio de Deus que a pessoa morra, então o Sacramento o preparará para morrer em paz e na confiança em Deus. Se o sacramento dos Enfermos é concedido a todos que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais razão ainda cabe aos que estão às portas da morte (Conc. Trento, DS 1698).

A Unção dos Enfermos conforma nossa vontade com a Morte e Ressurreição de Cristo. É a última das unções e graças que acompanham toda vida cristã: a do Batismo, que nos deu a nova vida; a da Confirmação, que nos fortificou para o combate desta vida. Esta última Unção fortalece o fim de nossa vida terrestre para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai. A Igreja enfatiza que a Unção dos Enfermos “não é um Sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte. Portanto, tempo oportuno para receber a Unção dos Enfermos é certamente o momento em que o fiel começa a correr perigo de morte por motivo de doença, debilitação física ou velhice” (SC 73; cf. CDC, cân. 1004; 1005;1007).

Quando a pessoa pode receber a Unção dos Enfermos?

A Unção dos enfermos é válida enquanto a pessoa está viva; isto é, se a alma ainda está no corpo. A medicina é que decide sobre isto. Mesmo em coma a Unção é válida se a pessoa enferma a gostaria de receber, caso pudesse decidir.

Muitos doentes têm medo deste Sacramento e adiam-no para o fim, porque pensam tratar-se de uma espécie de “sentença de morte”. O contrário é que está certo: a Unção dos Enfermos é uma espécie de “seguro de vida”. Quem, como cristão, acompanha um doente deve libertá-lo deste falso temor. A maior parte das pessoas que estão em risco tem a intuição de que nada mais é importante nesse momento que se apertarem imediata e incondicionalmente Àquele que superou a morte e é a própria Vida: Jesus, o Salvador.

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