O Papa Francisco faleceu em 21 de abril de 2025, aos 88 anos, na residência Domus Sanctae Marthae, no Vaticano. A causa oficial de sua morte foi um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de insuficiência cardíaca irreversível.
O quadro clínico do pontífice já era delicado devido a problemas de saúde anteriores, incluindo pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. Essas condições contribuíram para o agravamento de sua saúde nos meses que antecederam seu falecimento.
A morte do Papa Francisco ocorreu às 7h35 no horário local (2h35 em Brasília) e foi confirmada por meio de um eletrocardiograma tanatológico, conforme informado pelo Vaticano.
Entre as últimas palavras do Papa Francisco, destaca-se um agradecimento especial àquele que cuidou dele durante a doença e muito antes dela: o enfermeiro Massimiliano Strappetti: “Obrigado por me trazer de volta à Praça.”
Seu assistente pessoal de saúde desde 2022, Strappetti esteve ao lado do Papa durante os 38 dias de internação no Hospital Gemelli e permaneceu disponível 24 horas por dia durante a convalescença na Casa Santa Marta. No Domingo de Páscoa, acompanhou o Pontífice durante a bênção Urbi et Orbi.
Na manhã de domingo (20/04), na sacada central da Basílica Vaticana, enquanto o número de fiéis crescia de 35 mil para 50 mil, o Papa reservou uma última e marcante surpresa: desceu até a Praça São Pedro para um giro de papamóvel.
“Você acha que eu consigo?”, perguntou ele a Strappetti, que o tranquilizou com confiança. Em seguida, veio o abraço à multidão — especialmente às crianças — no que seria seu primeiro passeio após receber alta do Hospital Gemelli, e também o último de sua vida.
Exausto, mas com o semblante sereno e feliz, o Papa agradeceu ao seu assistente pessoal de saúde: “Obrigado por me trazer de volta à Praça”.
Francisco repousou durante a tarde e jantou com serenidade. Por volta das 5h30 da manhã, os primeiros sinais de mal-estar apareceram, sendo prontamente atendidos por sua equipe.
Mais de uma hora depois, já deitado em sua cama no segundo andar da Casa Santa Marta, o Pontífice acenou para Strappetti e, em seguida, entrou em coma. Não sofreu. Tudo aconteceu de forma muito rápida, relatam aqueles que estiveram ao seu lado em seus últimos instantes.
Uma morte discreta, quase repentina, sem prolongadas esperas. Partiu no dia seguinte à Páscoa, após ter abençoado Roma e o mundo, e ter voltado a abraçar o povo. Aquele mesmo povo a quem, desde os primeiros instantes de sua eleição em 13 de março de 2013, havia prometido caminhar “juntos”.
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