Para iluminar a sua alma, confira este lindo poema de Heliodoro de Brito, sobre o infinito amor de Jesus Cristo por cada um de nós.
Mostre para as crianças! Use na catequese!
GREGORIOZINHO
A mamãe do homenzinho,
Disse-lhe uma vez:
“Apesar d’inda assinzinho
Já tens dezesseis;
Na cidade podes dar
Um bom aprendiz;
Mas para a terra lavrar,
És pequeno, meu rapaz,
Pequeno demais!
Zás-trás!”
Foi a um mestre de navio,
Que lhe fez carão,
E lhe disse: “De fedelhos
Não preciso, não;
Tu me dás pelos joelhos,
Tens má construção;
Para ser um bom grumete,
És pequeno, meu rapaz,
Pequeno demais!
Zás-trás!”
Ao palácio de Versailles,
Foi ao rei pedir:
Filho sou de Cornouailles,
Equipai-me, sir!
Mas o Rei Luís dezesseis,
Le diz a sorrir:
“Para ser guarda francesa
É pequeno, meu rapaz,
Pequeno demais!
Zás-trás!”
Rompe a guerra Bretanha;
Toca-se a rebate,
Gregorinho faz campanha,
Como Chouan se bate,
Mas as balas numerosas,
Lhe passam por cima,
Sibilando desdenhosas:
“És pequeno, meu rapaz!
Pequeno demais!
Zás-trás!”
Acontece que uma bala
Seu peito varou;
De Gregório, a alma se exala,
Para o céu voou!
Lá São Pedro que ele implora
Lhe diz: “Passa fora!
Só me serve um anjo grande;
“És pequeno, meu rapaz!
Pequeno de mais!
Zás-trás!”
Mas, no entanto, a cousa ouvindo,
Jesus se zangou,
E seu manto entreabrindo,
Nele o abrigou;
A Gregório deu entrada
No seu paraíso
E lhe disse: “Esta morada
É dos pequenos demais,
Meu bom rapaz!
Zás-trás!
Heliodoro de Brito
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