Sacramento do Matrimônio no Coração de Deus
Por que as pessoas se casam hoje? Muitos entram no casamento pensando: “Se não der certo…”. Para compreender o verdadeiro sentido de um matrimônio duradouro, é preciso conhecer o que Deus pensou ao instituir esse Sacramento.
O Matrimônio foi criado por Deus para santificar o homem e a mulher, formando famílias para o Reino e para a Igreja.
O Verdadeiro Sentido do Matrimônio
Gênesis 1, 26-28 mostra que Deus criou homem e mulher à Sua imagem e os abençoou com a missão de frutificar, multiplicar-se e transformar o mundo. A humanidade é o ponto alto da criação; por isso, devemos tratar o outro com dignidade, e não como objeto ou interesse.
Homem e mulher, unidos como família, participam da obra criadora de Deus. Essa participação exige abertura à vida e responsabilidade, não egoísmo ou rejeição da missão familiar.
“O casal humano é a nascente da vida” (Papa Paulo VI) .
O matrimônio e a família são tão importantes que são constantemente atacados pelo mal, pois o demônio não deseja a vida, mas a morte.
A Indissolubilidade do Matrimônio
Em Gênesis 2, 21-24, Deus cria a mulher e une o casal como “uma só carne”. Jesus confirma essa verdade em Mateus 19, 3-11, ensinando que o casamento é indissolúvel e que não cabe ao homem separar o que Deus uniu.
Viver um matrimônio santo exige colocar Deus no centro. Isso começa no namoro: tempo de diálogo, oração e conhecimento mútuo. Quando um namoro segue a lógica do mundo — relações sem responsabilidade, aborto, descartabilidade — colhe-se sofrimento.
A Igreja, muitas vezes chamada “careta”, é quem verdadeiramente defende a dignidade de cada pessoa, ao contrário da lógica mundana.
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Castidade e Homossexualidade
A Igreja ensina que a sexualidade humana deve ser vivida segundo o plano de Deus, o que inclui a virtude da castidade, caminho de liberdade interior e amor verdadeiro.
Conforme o Catecismo da Igreja Católica:
CIC 2357 – A homossexualidade é a atração sexual exclusiva ou predominante por pessoas do mesmo sexo. Suas causas ainda não são totalmente explicadas. A partir da Sagrada Escritura e da Tradição, a Igreja afirma que os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados, contrários à lei natural, fechados ao dom da vida e sem complementaridade afetiva e sexual. Por isso, não podem ser aprovados.
CIC 2358 – Pessoas com tendência homossexual, muitas vezes profundamente enraizada, vivem uma provação. Devem ser acolhidas com respeito, compaixão e delicadeza, evitando-se qualquer discriminação injusta. São chamadas a cumprir a vontade de Deus e a unir suas dificuldades à cruz de Cristo.
CIC 2359 – As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelo autodomínio, pela oração, pela graça sacramental e por amizades verdadeiras, podem caminhar com firmeza rumo à perfeição cristã.
Assim, o Matrimônio — união entre homem e mulher — revela o plano criador de Deus para a sexualidade. Toda pessoa, independentemente de sua condição, é chamada à castidade e à vida conforme o Evangelho.
Por que Deus criou o Matrimônio?
Deus instituiu o Matrimônio para:
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A felicidade e o bem do ser humano.
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A perpetuação da humanidade.
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A santificação do sexo, que precisa ser protegido como algo precioso.
Por que devo me casar? Para ser feliz? Para fazer o outro feliz?
Casar-se não é apenas buscar a própria felicidade, mas caminhar juntos rumo à felicidade plena em Deus, pois só Ele preenche totalmente o coração humano.
As Três Promessas do Matrimônio
Cada Matrimônio é único e recebe graças próprias. No altar, o casal faz três promessas fundamentais:
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Consentimento livre – dizer “eu quero” de coração; sem isso, não há casamento válido.
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Fidelidade por toda a vida – não se buscar outra pessoa de nenhuma forma.
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Abertura à vida – acolher os filhos que Deus enviar e educá-los na fé católica.
Para sustentar essas promessas, é necessário colocar Deus no centro da vida familiar, como ensina a parábola da casa sobre a rocha (Mateus 7, 24-27).
Família: Igreja Doméstica
A família é a primeira comunidade cristã, a Igreja Doméstica, onde se vive o mandamento do amor: “lavar os pés uns dos outros”. A felicidade conjugal nasce da doação mútua, não do egoísmo.
O casamento existe para que homem e mulher, como instrumentos do amor divino, se façam felizes um ao outro e formem uma família que se doa, como Cristo se entregou pela Igreja.
São Josemaría Escrivá recorda que o amor verdadeiro é entrega e sacrifício: uma alegria com raízes na cruz, pois quem ama precisa vencer o egoísmo e colocar o amor como regra de todas as ações.
“Às vezes, fala-se do amor como se fosse um impulso para a satisfação própria, ou um simples recurso para completarmos em moldes egoístas a nossa personalidade. E não é assim: amor verdadeiro é sair de si mesmo, entregar-se.
O amor traz consigo a alegria, mas é uma alegria com as raízes em forma de cruz. Enquanto estivermos na terra e não tivermos chegado à plenitude da vida futura, não pode haver amor verdadeiro sem a experiência do sacrifício, da dor.
Uma dor que se saboreia, que é amável, que é fonte de íntima alegria, mas que é dor real, porque supõe vencer o egoísmo e tomar o amor como regra de todas e cada uma de nossas ações.”































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