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Primeiro Domingo da Quaresma: A Tentação de Cristo – Santo Tomás de Aquino

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Anúncio do Evangelho (Mc 1,12-15)

— Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo, Palavra de Deus.

— O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus. (Mt 4,4b)

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor!

12 Naquele tempo, o Espírito levou Jesus para o deserto. 

13 E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam.

14 Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo:

15 “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”

— Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor.

Meditação de São Tomás de Aquino

«Foi levado Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.» (Mt 4,1)

Cristo quis ser tentado:

1. Primeiro, para nos dar auxílio contra as tentações. Por isso diz Gregório: «Não era indigno do nosso Redentor querer ser tentado, ele que veio para ser imolado; para que assim vencesse as nossas tentações com as suas, assim como venceu com a sua a nossa morte.» 

2. Segundo, para nossa cautela: a fim de que ninguém, por santo que seja, se julgue seguro e imune da tentação. Por isso quis ser tentado depois do batismo; porque, como diz Hilário, «as tentações do diabo são mais freqüentes sobretudo contra os santos, porque sobre estes é que ela mais deseja a vitória.» Donde o dizer a Escritura (Ecle 2, 1): «Filho, quando entrares no serviço de Deus, tenha-se firme na justiça e no temor e prepara a tua alma para a tentação.» 

3. Terceiro, para nos dar o exemplo de como devemos vencer as tentações do diabo. Donde o dizer Agostinho: «Cristo deixou-se tentar pelo diabo, para nos mostrar como venceremos as suas tentações, não somente pelo seu auxílio, mas também pelo seu exemplo.»

4. Quarto, para nos excitar à confiança na sua misericórdia. Donde o dizer o Apóstolo (Heb 4, 15): «Não temos um pontífice que não possa compadecer-se das nossas enfermidades, mas que foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança, exceto o pecado».

III, q. XLI, a. 1. (P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)

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