Jacinta Marto, uma das três pastorinhas que testemunharam as aparições de Nossa Senhora em Fátima em 1917, tinha um profundo amor e devoção pelo Papa, algo que se destacou em sua breve vida. Suas visões e palavras sobre o Santo Padre refletem uma maturidade espiritual extraordinária, especialmente considerando sua tenra idade.
Nas aparições de Fátima, Nossa Senhora revelou a Jacinta, Francisco e Lúcia a importância de rezar pelo Papa e pela Igreja. No entanto, foi Jacinta quem demonstrou uma sensibilidade particular a essa mensagem.
Ela teve visões que lhe mostraram o sofrimento do Papa, incluindo perseguições, ofensas e as dificuldades que ele enfrentava ao liderar a Igreja em tempos turbulentos. Essas visões a marcaram profundamente e aumentaram sua determinação de rezar intensamente por ele.
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Jacinta frequentemente expressava seu desejo de consolar o Papa. Em uma de suas reflexões, dizia: “Coitadinho do Santo Padre! Tenho muita pena dele. Tenho de rezar muito por ele.”
“Quem me dera ver o Santo Padre! Vem cá tanta gente e o Santo Padre nunca cá vem.” A frase foi proferida por Jacinta após perceceber, pela explicação de dois sacerdotes, quem era o Santo Padre. A partir desse momento, a pequena vidente passou a nutrir um carinho especial pelo Papa, por quem passou a rezar com frequência, expressando grande amor e preocupação pelo Sucessor de Pedro.
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Uma tarde, numa visão, Jacinta viu o Santo Padre numa “casa muito grande, de joelhos, diante de uma mesa, com as mãos na cara, a chorar”, com gente, de fora, a atirar-lhe pedras e a rogar-lhe pragas. A partir deste momento, a sua preocupação genuína pelo Sumo Pontífice intensificou-se.
Irmã Lúcia ainda relata outra visão de Santa Jacinta: «Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo Padre numa Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com ele?»
Esse amor pelo Papa estava intrinsecamente ligado ao seu amor pela Igreja e pela humanidade. Jacinta entendia que o Papa tinha um papel central no plano divino e que suas orações poderiam fortalecê-lo em sua missão.
Mesmo em sua enfermidade, quando sofria de febre e dores constantes por causa da gripe espanhola, Jacinta oferecia seus sacrifícios pelo Santo Padre. Essa oferta voluntária de sofrimento é um testemunho de sua generosidade espiritual e de sua compreensão do valor redentor da dor.
Ela acreditava que suas orações e sacrifícios ajudariam o Papa a suportar as tribulações que enfrentava e a conduzir a Igreja segundo a vontade de Deus.
O amor de Jacinta pelo Papa foi uma extensão de sua devoção a Nossa Senhora. Ela compreendia o papel do Santo Padre e via nele uma figura de unidade para toda a Igreja.
Esse amor incondicional pelo Papa é uma das marcas da santidade de Jacinta e um exemplo de como o coração puro de uma criança pode estar completamente sintonizado com os desígnios de Deus.
Santa Jacinta Marto foi canonizada em 2017 pelo Papa Francisco, um reconhecimento de sua extraordinária santidade e de seu exemplo de amor e sacrifício. Seu testemunho nos inspira a também rezarmos pelo Papa e pela Igreja, especialmente em momentos de desafios e provações.
Com Santa Jacinta, aprendamos a amar o Papa, a rezar por ele, ler suas mensagens, seus escritos, seus ensinamentos. O Papa, este ou os seus antecessores, este ou os seus sucessores, é sempre o Pedro do nosso tempo. É o Papa, é o Pedro que leva nas mãos o leme da barca que é a Igreja.
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