Santo Afonso Maria de Ligório
Tomo I – Sexta-feira da 2a. Semana do Tempo Comum
(ou 2a. Semana Depois da Epifania)
I. Depois da morte de Herodes e do exílio de Jesus, Maria e José no Egito (alguns historiadores afirmam que foram cerca de 4 anos), o Anjo aparece novamente a São José e manda-lhe que volte com Maria e o Menino para a Palestina.
Com grande satisfação pela notícia recebida, José vai comunicá-la a Maria. Antes de patirem os santos esposos, vão despedir-se dos amigos que lá fizeram. José ajunta suas poucas ferramentas, Maria faz uma trouxa de roupas, e tomando o Divino Menino pela mão, partem de volta.
São Boaventura medita que esta viagem foi mais penosa para Jesus do que a fuga, porque já estava mais crescido e, Maria e José, não poderiam carregá-lo por longo tempo nos braços. Porém pela idade, o Menino ainda não conseguiria fazer uma longa viagem a pé. O que obrigava Jesus a fazer constantes paradas para descansar.
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São José, nenhum outro como ele!
Mas, quer andando ou descansando, José e Maria sempre mantinham os olhos e pensamentos fitos no Menino Amado, que era o objeto de todo seu amor.
Ah! Com que recolhimento anda neste mundo a alma feliz que tem sempre diante dos olhos o amor e os exemplos de Jesus Cristo!
Na viagem, os santos peregrinos quebram de vez em quando o silêncio com alguma conversa santa. Mas com quem e de quem falam? Falam tão somente com Jesus e de Jesus!
Quem tem Jesus no coração, não fala senão com Jesus, nem de outra coisa senão Jesus!
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II. Pondera ainda São Boaventura, a pena que sofreu durante a viagem, o nosso Pequeno Salvador, quando à noite, não tinha mais o colo de Maria para descansar, como na viagem de ida. Para alimentação, não tinha mais leite, mas um pedaço de pão duro, duro demais para sua pouca idade.
É bem provável que sofresse também sede naquele deserto onde os hebreus experimentaram tamanha penúria de água, que foi preciso um milagre de Deus para os socorrer.
Contemplemos e adoremos com amor todos esses sofrimentos de Jesus Menino.
Oração
Meu Amado e Adorado Redentor, voltais para vossa pátria, mas, ó meu Deus, para onde voltais? Ides ao lugar onde vossos conterrâneos vos preparam desprezos durante a Vossa vida e depois açoites, espinhos, ignomínias, e a cruz para Vossa morte.
Tudo isso, ó Meu Jesus, estava presente aos Vossos Olhos Divinos, e Vós de boa vontade ides ao encontro da Paixão que os homens Vos preparam.
Mas, Meu Senhor, se Vós não tivésseis vindo a morrer por mim, eu não poderia ir amar-Vos no Paraíso e deveria estar para sempre longe de Vós.
A Vossa morte é a minha salvação! Como foi possível que eu, pelo desprezo de Vossa Graça, me condenasse outra vez ao inferno, mesmo depois da Vossa morte por meio da qual me havia libertado dele? Reconheço que o inferno é pouco para mim. Todavia, Vós me esperais para me perdoar.
Graças Vos sejam dadas meu Redentor! Arrependido como estou, detesto todos os desgostos que Vos tenho dado. Por piedade, ó Senhor, livrai-me do inferno. Se por minha desgraça, tivesse um dia que condenar-me, o meu inferno mais doloroso seria o remorso de ter conhecido em vida, o amor que tens por mim.
Vós viestes ao mundo acender o fogo de Vosso Amor, é neste fogo que quero abrasar-me.
Ó Maria minha Mãe, ouço que todos dizem que aqueles que vos amam e em vós confiam, não irão ao inferno, contanto que queiram emendar-se. Amo-vos Senhora minha, e confio em vós, e desejo emendar-me. Ó Maria, encarregai-vos de livar-me do inferno. Amém.
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