“Eu sou a Imaculada Conceição”
No ano de 1858, em Lourdes, na França, Nossa Senhora apareceu para a menina Bernadette. A própria Virgem Maria, em pessoa, quis confirmar este dogma.
Em 25 de março de 1858, na festa da Anunciação, revelou seu Nome a Santa Bernadette nas aparições de Lourdes. Disse-lhe ela: Eu sou a Imaculada Conceição.
A partir daí, o padre Peyramale, que era o Cura de Lourdes, passou a acreditar nas aparições de Maria à pobre Bernadette, e com ele toda a Igreja.
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Por que Maria é Imaculada?
Na plenitude dos tempos, diz o Apóstolo, Deus enviou Seu Filho ao mundo nascido de uma mulher (Gl 4,4). No ponto central da história da salvação se dá um acontecimento ímpar em que entra em cena a figura de uma Mulher.
O mesmo Apóstolo nos lembra: Não foi Adão o seduzido, mas a mulher (1Tm 2,14); portanto, devia ser também por meio da mulher que a salvação chegasse à terra.
Concebida Sem Pecado
Para isso foi preciso que Deus preparasse uma nova Mulher, uma nova Virgem, uma nova Eva, que fosse isenta do pecado original, que pudesse trazer em seu seio virginal o autor da salvação. A Mãe de Deus não poderia ter o pecado original.
Como nenhum ser humano era livre do pecado e de Satanás, foi então preciso que Deus preparasse uma mulher livre, para que Seu Filho fosse também isento da culpa original, e pudesse libertar Seus irmãos.
Assim, o Senhor antecipou para Maria, a escolhida entre todas, a graça da Redenção que seu Filho conquistaria com Sua Paixão e Morte.
A Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi o primeiro fruto que Jesus conquistou com Sua morte. E Maria foi concebida no seio de sua mãe, Santa Ana, sem o pecado original.
O Dogma da Imaculada Conceição na Bíblia
Como disse o cardeal Suenens: “A santidade do Filho é causa da santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte”.
O cardeal Bérulle explica assim: “Para tornar a terra digna de trazer e receber seu Deus, o Senhor fez nascer na terra uma pessoa rara e eminente que não tomou parte alguma no pecado do mundo e está dotada de todos os ornamentos e privilégios que o mundo jamais viu e jamais verá, nem na terra e nem no céu.” (Con. Vidigal, Temas Marianos, p. 307).
O Anjo Gabriel lhe disse na Anunciação: “Ave, cheia de graça…” (Lc 1,28). Nesse “cheia de graça”, a Igreja entendeu todo o mistério e dogma da Conceição Imaculada de Maria.
Se ela é “cheia de graça”, mesmo antes de Jesus ter vindo ao mundo, é porque é desde sempre toda pura, bela, sem mancha alguma; isto é, Imaculada.
Origem Histórica
Esses eventos mostram um desenvolvimento progressivo na compreensão e na devoção à Imaculada Conceição, até a proclamação como Dogma de Fé:
- 1476: A festa da Imaculada Conceição é adicionada ao Calendário Romano, reconhecendo um privilégio especial de Maria.
- 1570: O Papa Pio V publica o novo Ofício (textos litúrgicos para as horas canônicas), consolidando a celebração.
- 1708: O Papa Clemente XI torna a festa da Imaculada Conceição obrigatória para toda a Igreja Católica.
- 1854 (Momento Chave): O Papa Pio IX, através da Bula Ineffabilis Deus, proclama a Imaculada Conceição como dogma de fé, definindo que Maria foi preservada de toda mancha de pecado original desde o primeiro instante de sua concepção por um privilégio divino, em vista dos méritos de Jesus Cristo. Na Bula, o Papa diz:
“Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser crida firmemente e constantemente por todos os fiéis.”
Ó Maria concebida sem pecado; rogai por nós que recorremos a Vós!





























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