São João Paulo II, nascido Karol Józef Wojtyła, foi o papa de 1978 a 2005. Ele foi o primeiro papa polonês e desempenhou um papel importante na queda do comunismo na Europa. Conhecido por sua defesa dos direitos humanos e da dignidade humana, viajou por mais de 120 países, levando uma mensagem de paz e esperança. São João Paulo II teve grande influência na juventude católica, sendo o criador da Jornada Mundial da Juventude. Sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1981 e continuou a exercer seu pontificado com vigor.
A canonização de São João Paulo II ocorreu em 27 de abril de 2014, no Vaticano, durante uma cerimônia presidida pelo Papa Francisco, com a presença do Papa Emérito Bento XVI. O evento reuniu milhões de fiéis de todo o mundo, especialmente admiradores do papa polonês, que marcou a história da Igreja com seu carisma e dedicação pastoral.
São João Paulo II foi proclamado santo após o reconhecimento de dois milagres atribuídos à sua intercessão, um deles envolvendo a cura milagrosa de uma religiosa francesa. Sua canonização, ao lado de São João XXIII, foi vista como um símbolo de continuidade e renovação da fé na Igreja Católica.
Sobre a Fé
“Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!” (Homilia no início de seu pontificado, 1978)
“A prova suprema é o dom da vida, até ao ponto de aceitar a morte para testemunhar a fé em Jesus Cristo” (Carta Encíclica Redemptoris missio, 1990)
“A celebração da Eucaristia não é só o dever mais sagrado, mas, sobretudo, a necessidade mais profunda da alma” (Livro Dom e Mistério)
“Não tenha medo de coisa alguma, ou de nada. Não tenha medo das fraquezas humanas, nem dos mistérios de Deus” (Cruzando o Limiar da Esperança)
“É ilusório pensar que, tendo pela frente uma razão débil, a fé goze de maior incidência; pelo contrário, cai no grave perigo de ser reduzida a um mito ou superstição. Da mesma maneira, uma razão que não tenha pela frente uma fé adulta não é estimulada a fixar o olhar sobre a novidade e radicalidade do ser” (Carta encíclica Fides et ratio, 1998)
Leia mais:
Sobre a Vida Humana
“A vida humana é sagrada e inviolável em cada momento da sua existência, inclusive na fase inicial que precede o nascimento” (Encíclica Evangelium vitae, 1995)
“O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se o não experimenta e se o não torna algo seu próprio, se nele não participa vivamente.” (Encíclica Redemptor hominis, 1979)
“Só Deus é dono da vida.” (Encíclica Evangelium vitae, 1995)
“O homem é chamado a uma plenitude de vida que se estende muito para além das dimensões da sua existência terrena, porque consiste na participação da própria vida de Deus” (Encíclica Evangelium vitae, 1995)
“Os homens da ciência só ajudarão realmente a humanidade se conservarem o sentido da transcendência do homem sobre o mundo e de Deus sobre o homem” (Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae, 1990)
Sobre a Família
“A oração reforça a estabilidade e a solidez espiritual da família, ajudando a fazer com que esta participe da fortaleza de Deus” (Carta às famílias, 1994)
“Queridas famílias cristãs, anunciai com alegria ao mundo inteiro o tesouro maravilhoso de que sois portadoras enquanto igrejas domésticas!” (Discurso no IV Encontro Mundial das Famílias, 2003)
“Com efeito, a família é, ao mesmo tempo, uma comunidade tornada possível pelo trabalho e a primeira escola interna de trabalho para todos e cada um dos homens” (Carta Encíclica Laborem exercens, 1981)
“A família é a primeira e fundamental escola de sociabilidade: enquanto comunidade de amor, ela encontra no dom de si a lei que a guia e a faz crescer” (Exortação Apostólica Familiaris consortio, 1981)
“A agradável recordação da vida de Jesus, José e Maria em Nazaré recorda-nos a beleza austera e simples e o carácter sagrado e inviolável da família cristã” (Homilia na Missa para as famílias em Rijeka, Croácia, 2003)
“Com a ajuda de Deus, fazei do Evangelho a regra fundamental da vossa família, e da vossa família uma página do Evangelho escrita para o nosso tempo!” (Discurso IV Encontro Mundial das Famílias)
“Não esqueçais que a oração em família é garantia de unidade num estilo de vida coerente com a vontade de Deus”(Discurso IV Encontro Mundial das Famílias)
Sobre o Ministério Ordenado
“Como na Missa o Espírito Santo é o autor da transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo, o sacramento da Ordem é o arquiteto da consagração sacerdotal ou episcopal” (Livro Dom e Mistério)
“Uma vez que o Sacerdócio nos é dado para servir constantemente os outros, como fazia o Senhor Jesus Cristo, não se pode renunciar a ele por causa das dificuldades que encontramos e dos sacrifícios que nos são exigidos” (Carta a todos os sacerdotes da Igreja, 1979)
”A oração faz o sacerdote e o sacerdote é feito através da oração” (Livro Dom e Mistério)
“O padre é uma testemunha especial do Invisível no mundo.” (Livro Dom e Mistério)
“O sacerdote sempre indispensável para os homens será somente o que vive consciente do sentido pleno do seu Sacerdócio: o sacerdote que crê profundamente, que professa com coragem a sua fé, que reza com fervor, que ensina com profunda convicção, que sente, que realiza na própria vida o programa das Bem-aventuranças, que sabe amar desinteressadamente, que está ao lado de todos e, em particular, dos mais necessitados” (Carta a todos os sacerdotes da Igreja, 1979)
Sobre a Paz
“Que os homens aprendam a lutar pela justiça sem violência, renunciando tanto à luta de classes nas controvérsias internas, como à guerra nas internacionais”(Carta encíclica Centesimus annum, 1991)
“A paz é vossa como dom do Senhor, como responsabilidade e como desafio” (Homilia na Santa Missa pela paz em Manila, Filipinas, 1981).
“A paz deve ser sempre a meta: a paz perseguida e defendida em todas as circunstâncias. Não repitamos o passado, um passado de violência e de destruição” (Discurso durante visita ao Monumento à Paz em Hiroshima, 1981)
“Para conseguir o bem da paz é necessário afirmar, com consciente lucidez, que a violência é um mal inaceitável e que nunca resolve os problemas” (Mensagem para 38º Dia Mundial da Paz, 2005)
“A paz verdadeira e duradoura tem de ser fruto maduro de uma conseguida integração de patriotismo e universalidade” (Discurso no encontro com os bispos argentinos, representantes do Celam e os presidentes das conferências episcopais da América Latina, 1982)
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