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6 Meios de Evitar o Purgatório – Papa Bento XVI e São João da Cruz

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Desejemos o Céu aspirando à santidade, tornando-nos homens e mulheres semelhantes ao Senhor.

Segundo a teologia vivida pelos santos, há diversos meios que podem nos ajudar a purificar a alma ainda nesta vida, ou, ao menos, após a morte, diminuir nosso tempo no Purgatório.

Esses meios são como oportunidades oferecidas pela graça divina para que nos aproximemos de Deus em santidade, aliviando as penas devidas pelos pecados cometidos.

Cada uma dessas práticas e devoções nos aproxima da santidade requerida por Deus, preparando-nos no tempo presente para a plena comunhão com Ele:

Especial devoção à Santíssima Virgem

Maria intercede por nós, derrama as graças necessárias para nosso arrependimento e santificação e nos conduz mais rapidamente à união com Deus.

Uso do escapulário do Monte Carmelo

Na mesma linha da devoção mariana, recebemos de Nossa Senhora do Carmo a promessa de proteção e auxílio após a morte. A Virgem afirmou que — aos sábados, dia particularmente dedicado a ela na liturgia — libertará do Purgatório as almas dos que morreram revestidos do escapulário, desde que tenham vivido em fidelidade à fé e seus compromissos cristãos. É o que ficou conhecido como “Privilégio Sabatino”.

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Práticas de caridade e misericórdia

Nossa caridade para com o próximo pode nos alcançar méritos e atrair a misericórdia divina sobre nossas almas, perdoando-nos as penas de nossos pecados e purificando-nos de todo amor próprio.

Mortificação

Sacrifícios voluntários, feitos por amor a Deus e em reparação pelos pecados cometidos, favorecem nosso caminho de santidade.

Frequência aos Sacramentos 

Cada sacramento nos concede a vida divina (eterna) e fortalece nossa alma, preparando-nos para o encontro pleno com Deus. Em especial, o sacramento da Unção dos Enfermos, que, independentemente de trazer cura física, nos configura a Cristo sofredor, infundindo-nos a força divina, o Espírito santificador, para completar em nossa carne o que faltou aos padecimentos de Cristo.

Confiança em Deus

A entrega de si e de toda a vida à vontade e providência de Deus, confiando em Seu juízo e abandonando-se à Sua infinita misericórdia, já purifica nosso coração. Vejamos que linda carta escreveu o Papa Bento XVI, bastante enfermo:

“Em breve me encontrarei perante o último Juiz da minha vida. Embora ao olhar retrospectivamente a minha longa vida possa ter tantos motivos de susto e medo, todavia estou com o coração feliz porque confio firmemente que o Senhor não é só justo juiz, mas simultaneamente é o amigo e o irmão que já padeceu, Ele mesmo, as minhas deficiências e, consequentemente, ao mesmo tempo é juiz e meu advogado (Paráclito).

Na perspectiva da hora do juízo, como se me torna clara a graça de ser cristão! O ser cristão dá-me o conhecimento, mais ainda, a amizade com o juiz da minha vida e permite-me atravessar com confiança a porta escura da morte.

A propósito, retorna-me sem cessar à mente o que João conta no início do Apocalipse: vê o Filho do Homem em toda a sua grandeza e cai aos seus pés como morto. Mas Ele, pousando a mão direita sobre João, diz-lhe: “Não tenhas medo! Sou eu…” (cf. Ap 1, 12-17). [10]”

Santa aceitação da morte

Aceitar a morte como um encontro com Deus favorece a entrada na glória. Vejamos o que o grande São João da Cruz nos diz a esse respeito:

“(…) na lei da graça, em que morrendo o corpo pode a alma ver a Deus, é mais sensato desejar viver pouco, e morrer para O contemplar. Mesmo se assim não for, a alma que ama a Deus — como esta aqui — não tem medo de morrer à Sua vista; porque o verdadeiro amor recebe com igual conformidade tudo quanto lhe vem da parte do Amado, seja coisas prósperas ou adversas e até castigos, só pelo fato de serem queridas por Ele, e nelas acha gozo e deleite.”

Segundo a palavra de São João “a perfeita caridade expele todo temor” (Jo 4, 18). À alma que ama, não pode ser amarga a morte, pois nela acha todas as doçuras e deleites do amor. [11]”

Busquemos o Céu na presente vida

Quanto mais amamos a Deus (e aos nossos irmãos em Deus), mais nos configuramos a Cristo e permitimos que o Espírito Santo purifique hoje nossos pecados veniais, imperfeições e apegos.

Desejemos o Céu, e não apenas evitando o pecado mortal, mas aspirando à santidade, tornando-nos homens e mulheres semelhantes ao Senhor.

Nunca nos esqueçamos: o Céu já está presente em nossa alma desde o batismo; basta que sejamos generosos em cooperar com a graça divina para que essa santidade floresça plenamente em nós.

Que Nossa Senhora, Mãe de Misericórdia, auxilie nossos irmãos no Purgatório e a nós também, homens pobres, guiando-nos em santidade para o encontro com o justo e misericordioso Juiz.

Fonte: Site Padre Alex Nogueira

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