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São Martinho de Tours: Vida, Virtudes e Milagres – 11 de Novembro

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São Martinho de Tours é um dos santos mais venerados da Igreja Católica, exemplo de humildade, caridade, coragem e zelo pastoral. Sua vida é marcada por milagres, profunda compaixão pelos pobres e um amor ardente por Deus, que o acompanhou desde a juventude até a morte.


Infância e descoberta da fé

São Martinho nasceu na Hungria, filho de pais pagãos. Ainda criança, aos dez anos, era movido pela curiosidade a visitar as igrejas católicas, onde observava o culto e escutava a doutrina cristã. O que via e ouvia encantava profundamente seu coração.

Sem que seus pais soubessem, pediu para ser admitido entre os catecúmenos que se preparavam para o santo batismo. Rezava com fervor e praticava obras de virtude desde muito cedo.


Juventude no exército e o famoso milagre do manto

Aos quinze anos, foi sorteado para o exército imperial e enviado para Amiens, na França. Mesmo no ambiente difícil dos soldados, fugia dos vícios e pecados, mantendo pureza de língua e de comportamento.

O tempo que muitos dedicavam aos jogos e à bebida, Martinho empregava na oração e na leitura piedosa. Sua caridade com os pobres era notável.

Durante um inverno rigoroso, encontrou um mendigo tremendo de frio. Não tendo dinheiro, cortou seu próprio manto ao meio e deu a metade ao pobre.

Naquela mesma noite, Jesus Cristo lhe apareceu vestido com a metade do manto, dizendo:

“Este aqui é Martinho, o soldado romano não batizado: ele me cobriu com seu manto”.

Profundamente tocado, Martinho decidiu dedicar sua vida inteiramente a Deus.

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Batismo, formação e fundação do primeiro convento

Aos dezoito anos, recebeu o batismo e deixou o serviço militar. Procurou o Bispo Hilário, que o recebeu com alegria e o instruiu na fé. Com sua autorização, Martinho voltou à Hungria para evangelizar seus pais. Sua mãe converteu-se; seu pai, porém, permaneceu pagão, o que o entristeceu profundamente.

Expulso pelos arianos, voltou à França, onde Hilário permitiu que fundasse um pequeno convento. Ali viveu entregue à oração e à penitência. Nesse período, ocorreu o milagre em que ressuscitou um homem que desejava ser batizado, mas falecera antes do sacramento.


Eleito Bispo de Tours

Quando o Bispo de Tours faleceu, o povo, unanimemente, pediu que Martinho fosse seu sucessor. Embora fosse para ele um grande sacrifício, reconheceu na vontade popular o desejo de Deus e aceitou o episcopado.

Perto da cidade, ergueu um mosteiro onde viveu em comunidade com os monges. Visitava toda a diocese, administrava sacramentos, socorria os pobres e zelava com grande cuidado pela ornamentação das igrejas.

Alguns notavam que, ao entrar no templo, Martinho tremia por todo o corpo. Quando lhe perguntavam o motivo, respondia:

“Não tenho razão de encher-me de temor ao comparecer na presença da suprema Majestade?”


Exemplo de mansidão e paciência

Um sacerdote que havia sido muito piedoso caiu em má conduta e passou a atacar e insultar Martinho. O santo bispo o advertiu com caridade, mas foi ignorado e até humilhado publicamente.

Alguns monges sugeriram expulsar o rebelde, mas Martinho respondeu:

“Se Jesus suportou um Judas, por que eu não suportaria a Briccio?”

E acrescentou que o próprio Briccio seria seu sucessor — profecia que muitos ridicularizaram, inclusive o próprio acusado.

Após a morte de São Martinho, Briccio realmente converteu-se profundamente, assumiu o bispado e terminou sua vida como santo.


Combate à idolatria e o milagre da árvore

Martinho lutou com firmeza contra a idolatria ainda presente em sua diocese. Em mais de uma ocasião, correu risco de morte entre os pagãos.

Havia uma árvore venerada supersticiosamente. Quando Martinho decidiu derrubá-la, os pagãos se opuseram e lhe fizeram uma proposta ousada:

“Nós mesmos cortaremos a árvore, se prometeres ampará-la com as próprias mãos durante a queda. Se isso acontecer, reconheceremos o Deus que pregas.”

Martinho aceitou. Colocou-se no lado para o qual a árvore cairia.

Com golpes vigorosos, o tronco foi partindo até que a árvore desabou. Martinho a amparou milagrosamente e desviou sua queda, sem ferir ninguém. Diante disso, muitos pagãos se converteram em massa ao cristianismo.


Doença, última tentação e morte

Aos 81 anos, Deus lhe anunciou que seu fim estava próximo. Os discípulos choraram e lhe disseram:

“Por que nos abandonas? A quem nos deixarás? Lobos vorazes investem contra teu rebanho.”

Martinho respondeu:

“Senhor, se vosso povo ainda precisa de mim, estou pronto para trabalhar mais; mas seja feita a vossa vontade.”

Satanás apareceu-lhe horrivelmente na hora da morte, tentando-o pela última vez. O santo, firme, respondeu:

“Que procuras aqui, monstro sanguinário? Nada tenho contigo.”

São Martinho morreu por volta do ano 400, cheio de méritos e amado por todo o povo.


Reflexões espirituais

São Martinho tratava o templo com profundo respeito, consciente de que estava na presença do Deus vivo. Se todos tivessem a mesma fé e reverência, a conduta dentro das igrejas seria bem diferente.

Como disse o Patriarca Jacó:

“Terrível é este lugar! Aqui é a casa de Deus e a porta do céu.”

Os templos são casas de oração. Faltas de respeito dentro deles ofendem a Deus e podem atrair castigos.

Portanto:

  • Comporte-se sempre com reverência na igreja.

  • Não colabore com desrespeitos.

  • Lembre-se de que estás diante do teu Deus e eterno Juiz.

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