Por Sua Morte e Ressurreição, Jesus nos livrou de todo o mal, nos garantiu a Vida Eterna, a Salvação. Mas Satanás nos ronda e nos tenta a pecar e nos afastar de Deus.
Pecando, construímos uma muralha entre nós e Deus. Mas Deus nunca desiste de nós e nos garante a Reconciliação com Ele através deste Sacramento.
Por que me confessar?
Vejamos este trecho do evangelho, após a Ressurreição de Jesus – João 20, 19-23:
19.Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: “A paz esteja convosco!”.
20.Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor.
21.Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”.
22.Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo.
23.Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos”.
Sacramento de Cura – A Confissão cura a mente e põe a paz no coração, pois cura as chagas da nossa alma. Além disso, faz crescer em nós as forças espirituais para sermos fiéis a Deus. Sem o auxílio do sacramento da Penitência não podemos almejar a santidade, uma vez que, após o pecado mortal, é através desse sacramento que podemos obter a reconciliação com Deus e com a Igreja (Cat. § 1497).
É de todo lamentável que muitos batizados se afastem desse Sacramento que significa a maior das misericórdias de Deus para conosco – o perdão de nossos pecados, que são o câncer de nossa alma. Se um canceroso soubesse que existe o remédio fácil e disponível para a sua cura, mas se recusasse a tomá-lo… Seria uma loucura inexplicável; pois bem, é exatamente assim que fazem aqueles que se afastam deste augusto Sacramento.
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Efeitos espirituais do sacramento da Penitência:
A reconciliação com Deus, pela qual o penitente recobra a graça; volta à amizade e à comunhão com Deus. “Toda a força da Penitência reside no fato de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade” (Cat. R. 2,5,18).
A reconciliação com a Igreja; o Corpo de Cristo onde estão inseridos todos os batizados, e com quem Cristo vai celebrar as bodas eternas na casa do Pai, reintegra o pecador no rebanho de Cristo.
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A remissão da pena eterna devida aos pecados mortais concede ao pecador o estado de graça; sem ele, pode o pecador impenitente chegar a uma vida eterna longe de Deus, no estado de vida chamado de inferno; frustração total.
A remissão, pelo menos em parte, das penas temporais, sequelas do pecado, são as penas temporais devidas aos pecados já perdoados; se não forem cumpridas nesta vida poderão ser cumpridas no Purgatório.
A paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual dá sossego, equilíbrio e felicidade ao cristão; ele não carrega mais o sentimento de culpa que tanto mal faz às pessoas. Os que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa, “podem usufruir da paz e tranqüilidade da consciência, que vem acompanhada de uma intensa consolação espiritual” (Conc. Trento, DS, 1674).
O sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira “ressurreição espiritual”, uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus.
O acréscimo de forças espirituais para o combate cristão, são não só perdoa os pescados, como cura a nossa alma e a fortalece na luta contra as paixões desordenadas.
Por que confessar com um homem pecador como eu, se eu posso pedir perdão diretamente a Deus em minhas orações?
Na pessoa do sacerdote da Igreja, legitimamente ordenado, está o próprio Jesus, que age nele “in persona Christi”, para lavar a sua alma com o Seu Sangue; e o sacerdote está terminantemente proibido de contar, a quem quer que seja, o que ouviu na Confissão. É o sigilo da Confissão. Ele pode ser excomungado da Igreja se revelar o pecado de um fiel.
Além disso, é bom confessar-se com um homem, pecador como eu porque assim ele me entende. O difícil seria me confessar com um Anjo, que não tem pecados. O Confessor é o como aquele bom pastor que resgata a ovelha do abismo do mundo, a coloca nos ombros e a leva para o aprisco seguro. É uma grande graça que o Bom Pastor deixou para as suas ovelhas.
Somente a Igreja Católica recebeu e guardou esta riqueza, e espera que você não a despreze, pois afinal custou a vida de Nosso Senhor. Este Sacramento é o meio que Jesus deixou para a nossa santificação.
Preparação para uma boa confissão
1) Oração + Exame de Consciência. Para se confessar bem é necessário preparar-se com uma oração. Em seguida, faz-se um atento exame de consciência a partir da última confissão bem feita. Isso significa confrontar-se com a Palavra de Deus para distinguir as próprias incoerências, os defeitos e as fraquezas em pensamentos, palavras, atos e omissões frente às exigências do Evangelho;
2) Arrependimento verdadeiro. Sentir dor e aversão aos pecados cometidos com o propósito de não mais incorrer nos mesmos erros;
3) Confessar ao sacerdote, “embaixador de Deus”, todos os pecados graves ou mortais, segundo a espécie e o número; é muito útil confessar-se com frequência, mesmo os pecados veniais, porque se recebe um dom da graça que dá força no caminho de imitação de Cristo;
4) Realizar a penitência proposta. Fazer tudo o que for possível para reparar o mal. A absolvição apaga o pecado, mas não corrige todas as desordens que ele causou. Por isso, perdoado o pecado, o pecador deve ainda recuperar a plena saúde espiritual. O exercício penitencial que o confessor sugere não é dado só para expiação dos pecados cometidos e para reparar eventuais danos causados, mas também como forma de ajuda para iniciar uma vida nova e favorecer a plena reparação da enfermidade do pecado.
Como fazer durante a confissão?
Depois de preparar-se para a confissão com a oração e o exame de consciência, aguarde pacientemente sua vez, invocando para si e para o próximo a luz do Espírito Santo e a graça de uma conversão radical. Aproximando-se do sacerdote, faça o sinal da cruz.
O penitente pode escolher confessar-se com ou sem confessionário, ficar de joelhos ou sentado (onde houver possibilidade). Então, pode iniciar a confissão dizendo: “Abençoa-me, padre! Eu pequei.”
Em seguida, diz com a maior precisão possível o tempo transcorrido, desde a última confissão, seu modo de vida (celibatário, casado, viúvo, estudante, consagrado, noivo ou namorado) e se cumpriu a penitência recebida na última confissão.
Pode ainda levar ao conhecimento do confessor os acontecimentos nos quais se sentiu particularmente perto de Deus, os progressos feitos na vida espiritual. Segue-se, a partir daí, a confissão dos pecados, com simplicidade e humildade, expondo os fatos que são transgressões da lei de Deus e que, intensamente, pesam na consciência.
São confessados, primeiro, os pecados graves ou mortais; segundo, sua espécie e número sem perder-se em detalhes e sem diminuir a própria responsabilidade. Para obter-se um aumento da graça e força no caminho de imitação de Cristo, confessam-se também os pecados veniais.
Em seguida, disponha-se a acolher os conselhos e advertências do confessor aceitando a penitência proposta. O penitente reza o ato de contrição e o sacerdote pronuncia a fórmula de absolvição.
Como aquele filho pródigo, não fomos criados para viver longe do Pai, e nem para comer lavagens de porcos. É preciso ter coragem de “levantar” e dizer basta! Eu sou um filho amado de Deus! O caminho de volta é fácil e bem conhecido: a porta da Igreja. Basta renunciar ao orgulho e dobrar os joelhos; basta renunciar à soberba e baixar a cabeça; basta encher-se de fé Naquele que é o único que pode nos dar a vida e a paz.
A salvação é gratuita. A Confissão é o único tribunal nesta terra, onde você entra como réu, confessa-se culpado, e sai livre e perdoado. O pecado destrói o homem.
A confissão dos pecados graves e veniais
Comete-se um pecado grave quando, mesmo conhecendo a lei de Deus, se pratica uma ação voluntariamente contra as normas prescritas nos dez mandamentos (cf. CIC 1857-1861).
O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da reconciliação (CIC 1855, 1856).
Todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar fielmente seus pecados graves, pelo menos uma vez por ano. (cf. CDC, 989; cf. CIC, 1457)
Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve receber a sagrada comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor (cf. CDC, 916; cf. CIC, 1457).
O pecado venial (pecado ou falta leve), mesmo não rompendo a comunhão com Deus, “enfraquece a caridade, traduz uma afeição desordenada pelos bens criados, impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento nos dispõe, pouco a pouco, a cometer o pecado mortal” (CIC, 1863).
Por isso, a Igreja vivamente recomenda a confissão frequente desses pecados cotidianos (CDC 988). A confissão regular dos pecados veniais ajuda-nos a formar nossa consciência, a lutar contra nossas más inclinações, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais frequentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele (cf. LG 40,42; CIC, 1458).
“Mesmo se a Igreja não nos obriga à confissão frequente, a negligência em recorrer a ela é, pelo menos, uma imperfeição e pode tornar-se até um pecado, pois a confissão frequente é o único meio para o cristão evitar o pecado grave” (Sto. Afonso de Liguori, Teol. Mor., VI, 437).
RESPONDA:
- Qual a importância do Sacramento da Confissão?
- Como devo me preparar para a Confissão?
- Pesquise e escreva o ATO DE CONTRIÇÃO.
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