A Misericórdia Divina revelou-se manifestamente na vida da bem-aventurada Santa Maria Faustina Kowalska, que nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central.
Santa Faustina teve muitas experiências místicas onde Jesus, através de suas aparições, foi recordando à humilde religiosa o grande mistério da Misericórdia Divina. Um dos seus confessores, padre Sopocko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Dessa forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas.
Em 1935, Santa Faustina Kowalska recebeu de Cristo as seguintes indicações: “Essa oração serve para aplacar a Minha ira. Tu a recitarás por nove dias, por meio do Terço do Rosário da seguinte maneira: Primeiro dirás o ‘Pai Nosso’, a ‘Ave Maria’ e o ‘Credo’”.
“Depois, nas contas de ‘Pai Nosso’, dirás as seguintes palavras: Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro”.
“Nas contas de ‘Ave Maria’ rezarás as seguintes palavras: Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro. No fim, rezarás três vezes estas palavras: Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro”.
Este Terço geralmente é concluído com a seguinte oração escrita no diário de Santa Faustina: “Oh sangue e água que jorrastes do coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós”.
Com a expansão da devoção ao Senhor da Divina Misericórdia, são muitos os fiéis que rezam este terço todos os dias às três horas da tarde, a “hora da misericórdia”, e seguindo a promessa de Cristo: “Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei. Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte”.
Certo dia, o Senhor da Divina Misericórdia disse à Santa Faustina: “Oh, que grandes graças concederei às almas que recitarem esse Terço”.
Em outra ocasião, Jesus pediu à Santa: “Escreve que, quando recitarem esse Terço junto aos agonizantes, Eu Me colocarei entre o Pai e a alma agonizante não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso”.
Beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.
O Papa João Paulo II, em 17 de agosto de 2002, visitou o Santuário da Divina Misericórdia, em Cracóvia, na Polônia. Na ocasião, ele realizou o Ato Solene de entrega do destino do mundo à Divina Misericórdia. Em sua homilia o Pontífice Romano ressalta a ideia de que a misericórdia Divina é o “atributo máximo de Deus onipotente”, e reafirma, usando as palavras da Santa, que a Misericórdia Divina, é “a doce esperança para o homem pecador” (Diário, 951)
Todos os anos, o Segundo Domingo da Páscoa é a Festa da Divina Misericórdia, estabelecida por São João Paulo II.
- No Diário de Santa Faustina, lemos algumas promessas de Jesus:
48 – Prometo que a alma que venerar esta imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos, especialmente na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha própria glória.
206 – Minha filha, olha para o abismo de Minha misericórdia e dá a essa misericórdia louvor e glória. Faze-o da seguinte maneira: reúne todos os pecadores do mundo e mergulha-os no abismo da Minha misericórdia. Minha filha, quero entregar-Me às almas, desejo almas. Na Minha festa, na Festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte de Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei.
- Significado da Imagem
299 – Uma vez, quando o confessor mandou que eu perguntasse a Jesus o que significavam aqueles dois raios na imagem, respondi-lhe: Muito bem, perguntarei ao Senhor. Durante a oração, ouvi estas palavras interiormente: Os dois raios representam o sangue e a água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue, que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia quando, na cruz, o Meu coração agonizante foi aberto pela lança. Estes raios defendem as almas da ira do Meu Pai. Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus. Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia.
300 – Pede ao meu servo fiel que, nesse dia, fale ao mundo inteiro desta Minha grande misericórdia, que aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará perdão total das faltas e dos castigos. A Humanidade não encontrará a paz enquanto não se voltar, com confiança, para a Minha misericórdia. Oh! Como Me fere a incredulidade da alma! Essa alma confessa que sou Santo e Justo e não crê que sou Misericórdia, não acredita na Minha bondade. Até os demônios respeitam a Minha justiça, mas não creem na Minha bondade.
- Terço da Misericórdia
1320 – Às três horas da tarde, implora à Minha Misericórdia especialmente pelos os pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Essa é Hora de grande misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora, nada negarei à alma que Me pedir pela Minha Paixão.
1572 – Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Implora a onipotência dela em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque, nesse momento, foi largamente aberta para toda a alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora, realizou-se a graça para todo o mundo: a misericórdia venceu a justiça. Minha filha, procura rezar, nessa hora, a Via-sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes fazer a Via-sacra, entra, ao menos por um momento, na capela e adora o Meu Coração, que está cheio de misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes sequer ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento. Exijo honra à Minha misericórdia de toda criatura, mas de ti em primeiro lugar, porque te dei a conhecer mais profundamente esse mistério’.
“As almas que rezarem este Terço serão envolvidas pela Minha misericórdia, durante a sua vida … (D 754); Oh! que grandes graças concederei às almas que recitarem este Terço. As entranhas da Minha misericórdia comovem-se por aqueles que recitam este Terço (D 848); Minha filha, exorta as almas a rezarem esse Terço que te dei. Pela recitação deste Terço agrada-Me dar tudo o que Me peçam (D 1541) – se estiver conforme à sua vontade (D 1731);
Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte (D 687; cf. 754; 1541);
Minha filha, agrada-Me a linguagem do teu coração; pela recitação desse Terço aproximas a Humanidade de Mim (D 929);
Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia. (D 687); Quando os pecadores empedernidos o recitarem, encherei de paz as suas almas …(D 1541);
Defendo toda alma que recitar esse Terço na hora da morte, como se fosse a Minha própria glória, ou quando outros o recitarem junto a um agonizante, eles conseguirão a mesma indulgência. Quando recitam esse terço junto a um agonizante, aplaca-se a ira de Deus, a misericórdia insondável envolve a alma e abrem-se as entranhas da Minha misericórdia, movidas pela dolorosa Paixão do Meu Filho (D 811; cf. 810; 834; 1035; 1036; 1541; 1565; 1797).
- A revelação da Imagem da Divina Misericórdia
Conta Santa Faustina em seu diário: “À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguida para a benção, e a outra tocava-lhe a túnica, sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido”.
“Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: ‘Jesus, eu confio em Vós’. Desejo que esta Imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo inteiro”.
Jesus assinalou: “Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte”.
Outro dia, estando Santa Faustina em oração, Cristo lhe disse: “Os dois raios representam o Sangue e a Água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas”.
“Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia quando, na cruz, o Meu coração agonizante foi aberto pela lança. Estes raios defendem as almas da ira do Meu Pai. Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus”
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