Santos

São Maximiliano Maria Kolbe, mártir e padroeiro dos comunicadores – 14 de Agosto

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O frei polonês Maximiliano Maria Kolbe (1894-1941) é um mártir de nossa era.

Filho de operários poloneses, Raimundo Kolbe era um menino levado. Aos 12 anos de idade, depois de uma travessura, sua mãe lhe disse:

— O que vai ser de você, menino?

Raimundo se impressionou tanto com aquela pergunta que resolveu ir à igreja e repeti-la em oração à Virgem Maria. Numa experiência mística, o menino teve uma visão da Virgem com duas guirlandas de rosas na mão. As rosas brancas representavam a pureza; as rosas vermelhas, o martírio. A santa pediu que Raimundo escolhesse entre as duas coroas — e ele escolheu as duas.

Entrou para o seminário franciscano com apenas 13 anos. Adotou o nome de Maximiliano Maria Kolbe e recebeu as ordens ainda muito jovem. Criou um apostolado mariano intitulado “Milícia da Imaculada”.

Kolbe era um talentoso jornalista. Assim como São Francisco de Sales, o padre Kolbe tornou-se um modelo para todos os jornalistas e comunicadores católicos. Com a palavra escrita, ele esforçou-se, como São Paulo, em ser “tudo para todos”.

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Para divulgar a fé católica entre o maior número de pessoas, fundou em 1922 um jornal — o “Cavaleiro da Imaculada” — que chegou à incrível tiragem de um milhão de exemplares e circula em vários países até hoje. Com espírito empreendedor, construiu perto de Varsóvia, a capital polonesa, uma sede apostólica denominada Niepokalanów — a Cidade de Maria. Lá funcionavam a redação do jornal e de mais 17 publicações menores, além de uma estação de rádio.

Nos anos 30, Maximiliano Kolbe levou seu apostolado para o Japão, criando, na cidade de Nagazaki, o Mugenzai-no-sono — Jardim da Imaculada. Em agosto de 1945, quando os americanos lançaram a bomba atômica sobre Nagazaki, o convento franciscano erguido por Kolbe permaneceu em pé.

A história mais conhecida de Kolbe, no entanto, está relacionada àquela coroa de rosas vermelhas. Em 1941, ele foi preso pela Gestapo e levado ao campo de concentração de Auschwitz, situado em território polonês. Os nacional-socialistas consideram seu trabalho profundamente subversivo e perigoso para o regime.

Em julho do mesmo ano, em punição pela fuga de um prisioneiro, os nazistas praticaram o decimatio: “sortearam” dez pessoas para morrer de fome e sede numa cela. Kolbe, que não estava entre os escolhidos, ofereceu-me para morrer no lugar de um operário que tinha mulher e filhos.

A troca foi aceita pelo comando nazista. Kolbe passou 14 dias cantando e orando com os outros nove prisioneiros condenados. Aquela foi a sua última missão: conduzi-los à vida eterna.

Duas semanas depois, quando os guardas do campo abriram a cela da morte, Kolbe estava milagrosamente vivo, ao lado de três prisioneiros. O padre polonês foi executado com uma injeção de ácido carbólico. Testemunhas relataram que o prisioneiro estendeu o braço à enfermaria que lhe aplicou a injeção fatal, perdoou-a de qualquer responsabilidade pelo ato e morreu olhando-a nos olhos. Era o dia 14 de agosto de 1941.

Maximiliano Maria Kolbe foi canonizado em outubro de 1982, na Praça de São Pedro, por um conterrâneo, o Papa João Paulo II. Entre a multidão que acompanhou a cerimônia, estava Franciszek Gajowniczek, o operário cuja vida foi salva pelo santo.

O santo jornalista deu a vida para defender a liberdade, a família e os valores cristãos.

Sonhava com filmes e audiovisuais que pudessem auxiliar na evangelização do povo. Se estivesse vivendo em nosso tempo, utilizaria plataformas na internet. Streamings seriam montados e funcionariam a todo vapor em suas mãos. É um aspecto admirável em São Maximiliano Kolbe, o ardor missionário que vivenciou em “conquistar o mundo inteiro para Cristo pela Imaculada” como foi seu ideal, mas, ao mesmo tempo, valorizando o mundo da comunicação como canal para irradiar a luz de Cristo e o amor de Maria.

Por causa dessa postura, por ele decididamente assumida, podemos afirmar que São Maximiliano é o padroeiro, o inspirador e o intercessor junto a Deus dos profissionais da comunicação, dos agentes de Pastoral da Comunicação e das pessoas que se dedicam a transmitir uma boa mensagem aos outros.

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