EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA A CONFISSÃO
Será difícil, se não impossível, apresentar um questionário que contenha todos os pecados e faltas existentes. Segue um questionário que se ocupa dos pecados mais comuns.
Como as consciências são diferentes entre si, e sendo impossível proporcionar a cada uma um questionário adequado ao seu estado, o penitente utilize os pontos abaixo como auxílio para realizar o exame de consciência pessoal.
“Se queres entrar para a vida eterna, guarda os Mandamentos.”
(Mt 19, 16-17)
Examinemos cuidadosamente a nossa consciência, sem ansiedade nem escrúpulo, procurando conhecer a espécie (natureza) e o número dos pecados cometidos.
Antes do exame de consciência
Meu Deus e Senhor, eu me preparo para receber o santo Sacramento da Penitência. Iluminai o meu espírito, a fim de que eu conheça claramente o número e a gravidade dos meus pecados, deles me arrependa, e os confesse ao sacerdote com verdadeira dor e firme propósito de nunca mais Vos tornar a ofender. Amém.
Para fazer uma boa confissão é preciso:
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Exame de consciência para descobrir os meus pecados.
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Arrependimento: dor sincera dos pecados cometidos.
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Propósito: vontade de não querer pecar mais.
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Confissão: contar meus pecados ao padre.
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Satisfação: rezar ou cumprir alguma penitência que o padre mandar.
Confissão Precedente
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Quando foi a minha última confissão?
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Escondi algum pecado mortal por vergonha?
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1º Mandamento – Amar a Deus sobre todas as coisas
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Tenho posto em dúvida alguma verdade de fé? Critiquei algum ensinamento da Igreja?
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Rezo diariamente? Distraio-me voluntariamente nas orações?
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Deixei-me levar pelo desânimo? Revoltei-me contra Deus?
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Frequentei lugares ou cultos contrários à fé católica? Fiz coisas supersticiosas? Consultei “videntes”, feiticeiros, benzedores, cartomantes, etc.?
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Tenho sido orgulhoso ou vaidoso? Sou teimoso, arrogante ou malcriado? Sou invejoso?
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Sou avarento, passando o dia inteiro a pensar em dinheiro ou em obter coisas?
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Tenho-me demorado em pensamentos sobre mim, exagerando as minhas qualidades?
2º Mandamento – Não invocar o Santo Nome de Deus em vão
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Tenho pronunciado sem respeito o nome de Deus ou dos Santos?
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Falei sem respeito das coisas sagradas, da Igreja ou de sacerdotes? Permiti que outros o fizessem na minha presença? Ridicularizei padres, freiras, religiosos, catequistas, etc.?
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Tenho jurado à toa ou jurado falso?
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Deixei de cumprir alguma promessa que fiz?
3º Mandamento – Santificar os domingos e festas de guarda
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Faltei à Missa em algum domingo ou dia santo? Impedi que alguém que dependesse de mim a assistisse? Cheguei atrasado à Eucaristia por culpa própria?
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Cumpri o preceito do descanso nos domingos e festas de guarda? Obriguei outros a trabalharem?
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Tenho deixado de me confessar? Escondi algum pecado na Confissão?
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Cumpri o preceito de receber a Comunhão pelo menos uma vez ao ano no período da Páscoa?
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Comunguei alguma vez consciente de um pecado mortal não confessado?
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Tenho-me apresentado para a Sagrada Comunhão com espírito frio e pouco recolhido?
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Contribuo para as necessidades da Igreja segundo as minhas possibilidades?
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Guardei a abstinência de carne nas sextas-feiras? Jejuei na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa?
4º Mandamento – Honrar pai, mãe e legítimos superiores
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Faltei à obediência aos meus pais e superiores? Faltei-lhes ao respeito?
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Deixei de lhes manifestar o devido amor? Deixei de ajudá-los espiritual e materialmente?
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Zanguei-me com a minha esposa (com o meu marido)? Tratei-a(o) mal por palavras ou ações?
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Dei mau exemplo aos meus filhos ou subordinados, não cumprindo os meus deveres religiosos, familiares, sociais ou profissionais?
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Ao corrigir os meus filhos, deixo-me dominar pela ira? Omito repreensões ou advertências que sei serem necessárias para a formação deles? Regulei o uso que fazem da televisão, internet, celular, revistas e outros instrumentos que podem apresentar algum risco para a sua formação moral?
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Descuidei-me de dar aos filhos a formação religiosa? Atrasei o Batismo ou a Primeira Comunhão deles por negligência?
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Deixei de ajudar, dentro das minhas possibilidades, os meus familiares nas suas necessidades espirituais ou materiais?
5º Mandamento – Não matar, nem causar, a si ou ao próximo, dano ao corpo ou à alma
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Tive inimizade, ódio ou rancor contra alguém? Era meu familiar?
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Fiz ou desejei mal a alguém? Aconselhei alguém a fazê-lo? Insultei alguém? Alegrei-me com as desgraças alheias? Tive inveja de alguém?
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Deixei de perdoar as ofensas que recebi?
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Desleixei-me quanto à minha saúde? Atentei contra a minha vida? Desejei morrer?
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Fiz, aconselhei ou facilitei a alguém a praticar o aborto ou a eutanásia?
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Prejudiquei a minha saúde embriagando-me ou comendo em excesso? Fiz uso de drogas?
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Cheguei a ferir ou tirar a vida do próximo? Fui imprudente ao dirigir automóveis?
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Preocupei-me com o próximo, advertindo-o de algum grave perigo material ou espiritual?
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Tive mau convívio, por culpa própria, com os meus familiares, amigos ou conhecidos?
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Disse palavrões?
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Dei escândalo?
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Por preguiça, deixei de me levantar à hora devida?
6º e 9º Mandamentos – Guardar a castidade nas palavras, obras, pensamentos e desejos
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Vi coisas indecentes? (na rua, na internet, no celular, na TV, em revistas ou em filmes)
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Tenho pensado ou desejado coisas impuras?
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Pratiquei ações impuras? Sozinho ou acompanhado?
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Havia alguma circunstância na ação impura – de parentesco, pessoa casada, consagrada a Deus ou menor de idade – que tornou mais grave aquela ação?
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Olhei para alguém com intenção de obter um prazer impuro?
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Tive liberdades no namoro?
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Faltei à fidelidade conjugal por pensamentos ou ações?
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Dei atenção a conversas imorais ou participei delas?
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Mantenho amizades que me levam ao pecado? Estou disposto a abandoná-las?
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Tenho faltado ao pudor, despindo-me levianamente à vista de outra pessoa?
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Visto-me com modéstia ou utilizo roupas que realçam algumas partes do corpo?
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Assisti a espetáculos, li revistas, livros ou mensagens que me colocaram em ocasião próxima de pecar?
7º e 10º Mandamentos – Não furtar, nem reter injustamente ou danificar os bens do próximo. Não cobiçar as coisas alheias
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Roubei algum objeto ou alguma quantia em dinheiro? Ajudei alguém a roubar?
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Tive inveja dos outros, dos seus bens, das suas qualidades pessoais?
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Paguei o justo salário aos empregados? Retenho ou atraso indevidamente o pagamento de bens e serviços? Lesei alguém nos seus direitos?
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Reparei os prejuízos causados ou restituí as coisas roubadas na medida das minhas possibilidades?
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Trabalhei com empenho as horas que devia, ou desperdicei tempo no meu trabalho?
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Prejudiquei alguém com enganos, coações, etc., nos contratos ou relações comerciais?
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Gastei mais do que permitem as minhas possibilidades? Tenho o vício do jogo?
8º Mandamento – Não mentir. Não levantar falsos testemunhos, nem difamar o próximo
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Menti? Reparei os prejuízos que as minhas mentiras possam ter causado?
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Minto habitualmente com a desculpa de que se trata de mentiras que não prejudicam ninguém?
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Prestei falso juramento ou dei falso testemunho?
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Difamei, revelando sem motivo justo os defeitos alheios?
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Caluniei, atribuindo ao próximo defeitos falsos? Exagerei os defeitos do próximo?
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Disse mal dos outros, baseando-me apenas em boatos? Fiz juízos falsos ou temerários?
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Semeei discórdias e inimizades com as minhas palavras?
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Permiti que outros falassem mal do próximo? Escutei com gosto tais conversas?
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Procurei reparar os prejuízos causados pelas minhas palavras (pela calúnia, difamação, etc.), por exemplo, falando dos aspetos positivos dessa pessoa?
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Enganei o próximo, assegurando-lhe que uma coisa, na realidade proibida, era boa ou lícita?
Ato de Contrição
Meu Pai e meu Deus, reconheço com muita dor que pequei!
Eu Vos ofendi, ó meu Redentor, e mereci os vossos castigos.
Por Maria, minha e vossa Mãe, declaro que não quero pecar mais.
Por Ela, eu Vos peço perdão.
A Contrição Perfeita
Quem tiver a infelicidade de cometer um pecado e estiver impossibilitado de confessar-se logo, terá sempre este precioso recurso para reconciliar-se sem demora com Deus.
Esta graça está sempre ao alcance de todos os fiéis, sem qualquer exceção.
A contrição – ou arrependimento – é a dor de alma que a pessoa sente por haver pecado; essa dor só é verdadeira quando o pecador detesta a má ação praticada e tem o propósito de não mais pecar.
Deve também ser geral, isto é, abranger ao menos todos os pecados mortais. É necessário, por fim, que ela seja sobrenatural, quer dizer, que tenha por base alguma verdade da Fé: o temor de Deus que tem o direito de ser obedecido, o amor de Deus que nos ama, o desejo do Céu, o medo do inferno, etc.
Como obtê-la?
Para obtê-la, basta manifestar a Deus, com sinceridade de alma, o seu pesar por tê-Lo ofendido e o firme propósito de não tornar a pecar.
Contrição perfeita e confissão
Que pela contrição perfeita o pecador obtém o perdão dos seus pecados antes mesmo de confessar-se é doutrina afirmada no Concílio de Trento (14ª sessão, cap. 4).
Entretanto, adverte o mesmo Concílio, ela não dispensa o pecador da necessidade de acusar-se de todos os seus pecados mortais no Sacramento da Confissão e de receber a absolvição do ministro de Deus (Padre). De modo que no próprio ato de contrição perfeita deve estar incluído o propósito de confessar-se.
Quanto tempo depois?
É pelo menos muitíssimo aconselhável confessar-se logo que possível.
“Mas é tão difícil ter contrição perfeita!” – poderá alguém pensar.
Puro engano! Para dar-nos essa graça, Deus exige de nós uma atitude bem ao nosso alcance: desejá-la realmente e pedi-la com insistência.
Efeitos da contrição perfeita
São maravilhosos os efeitos e benefícios que a contrição perfeita nos obtém.
A quem é pecador, ela perdoa imediatamente os pecados cometidos, devolvendo-lhe a graça santificante pela qual ele volta a ser filho de Deus, livrando-o das penas do inferno e restituindo-lhe os méritos perdidos.
Fonte: Arautos do Evangelho – reconquista.arautos.org































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